“Viagra natural”, “melhore o seu desempenho sexual”, “aumente a sua libido”. Essas são apenas algumas das propagandas de produtos que prometem fazer o casal subir pelas paredes. Seja no mercado farmacêutico ou no de produtos naturais, o que não faltam são opções que garantem melhor desempenho sexual. Mas até que ponto é possível acreditar nessas ofertas? A sexóloga Natália Barros alerta: nem sempre o que é bom para uma pessoa vai dar certo para outra.

Um estudo da Universidade Jamia Hamdard, em Nova Délhi, na Índia, divulgou a eficiência de três produtos considerados afrodisíacos naturais: ginseng, com efeitos revitalizantes, açafrão (que todo mundo tem na caixinha de tempero), para o aumento do desejo, e ioimbina, que estimula o fluxo sanguíneo propiciando orgasmos.

Outra substância que passou por estudos foi a maca peruana, uma raiz que é vendida em cápsulas ou em pó. Além da promessa de melhorias na saúde, ela é comercializada com a propaganda de esquentar o sexo. Um estudo da Universidade Cayetano Heredia, no Peru, trouxe boas notícias: nos homens, pode melhorar a produção de sêmen. Nas mulheres, aumenta o desejo sexual e diminui o estresse.

Cuidados
Apesar das promessas tentadoras, a sexóloga Natália Barros alerta para os cuidados que devem ser tomados antes do consumo desses produtos. “A eficiência científica para uso em humanos não está totalmente comprovada. Há necessidade de consulta médica e indicação precisa, uma vez que existem efeitos colaterais importantes e sérios prejuízos à saúde do indivíduo que extrapola na dosagem ou associa à várias outras drogas”, alerta. Segundo ela, Iombina, ginseng e ginko biloba são os mais estudados e aceitos pela medicina até o momento.

“Os casais devem viver um sexo maduro, procurando conhecer os limites do outro, as preferências, os gostos e as vontades. É preciso zelar pelo próprio bem estar e pelo do parceiro, porque o desejo começa com a admiração”

Natália Barros, sexóloga

A dica da sexóloga é não pensar apenas nos afrodisíacos como a fórmula para apimentar a relação. “A pessoa tem que se perceber e ser capaz de se entregar ao outro, buscando o próprio prazer, livrando-se de tabus e preconceitos, e ansiedade. Tudo isso bloqueia os estímulos da excitação resultando na dificuldade em atingir o tão sonhado orgasmo”, explica.