Quando o assunto é masturbação, autoconhecimento e sexualidade é quase impossível não falar dos vibradores. Além de serem unanimidade entre ginecologistas e terapeutas sexuais, ele conquistaram a preferências de homens e mulheres com diferentes modelos e funcionalidades. Tão úteis e prazerosos que há quem recorra ao acessório diariamente e se pergunte: – será que faz mal?

Segundo a psicóloga e terapeuta sexual Mayara Cristina de Oliveira, não. “Sempre sugiro o uso do vibrador como uma forma de brincar com o corpo, ficar relaxado durante o sexo. Podemos utilizar este acessório em diversas partes do corpo, com intuito de despertar as sensações, quando houver vontade”, pontua.

O sinal de alerta deve acender quando o excesso gera dependência e alterações na rotina. Isso porque a masturbação, assim como o vibrador libera inúmeros hormônios, entre eles a ocitocina, responsável pela sensação de felicidade e prazer.

Assim, algumas pessoas podem entrar em ciclos de compulsão e acabarem fazendo uso descontrolado de vibradores. Mais do que um vício no vibrador, o problema está em todo o comportamento sexual que deve ser avaliado pelo ginecologista ou terapeuta.

“Não tem nada errado na masturbação. Mas um questionamento que deve ser feito é: se todo excesso esconde uma falta, que espaço estou tentando preencher com a masturbação diária”?

No mais, o uso regular do vibrador tem mais “prós” que possíveis “contras”: estudos demonstram que a prática pode combater males como falta de lubrificação, atrofia vaginal e fraqueza da tonificação do assoalho pélvico.

Portanto, se você se sente bem consigo mesma e seus hábitos sexuais não provocam nenhum tipo de dano, não há problema algum em brincar com o sex toy sempre que desejar. Mas lembre-se de procurar outras formas de prazer e questionar-se caso a sensação esteja condicionada a ele.

Por último, mas não menos importante: para evitar infecções, lave o objeto antes e depois de usá-lo.