5 coisas que todo mundo deveria saber sobre sexo depois dos 70 anos
Há muito mistério em torno das relações sexuais na terceira idade; veja algumas curiosidades sobre sexo depois dos 70 anos
atualizado
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Quatro em cada dez pessoas com idades entre 65 e 80 anos são sexualmente ativas, de acordo com um estudo de 2018. No entanto, é comum ver pessoas curiosas para entender como funciona o sexo na terceira idade. O mistério em torno do assunto decorre de vários fatores, afirma a sexóloga Shannon Chavez.
“Há uma falta de educação sexual abrangente e adaptada às faixas etárias mais avançadas, deixando muitas pessoas desinformadas sobre as mudanças e desafios que podem enfrentar em relação à sexualidade à medida que envelhecem”, afirmou Chavez, em entrevista ao portal Huffpost.
Segundo a profissional, esse comportamento leva a conceitos errados e curiosidade sobre como são as experiências sexuais na terceira idade. “No geral, uma maior conscientização e diálogo podem ajudar a eliminar o mistério e promover atitudes mais saudáveis em relação à sexualidade em grupos de idades mais avançadas”.
Para esclarecer o assunto, terapeutas sexuais e pessoas com mais de 70 anos compartilharam ao Huffpost cinco coisas que todo mundo deveria saber sobre sexo “nos anos dourados”.
Confira abaixo:
A necessidade de se sentir desejado não desaparece simplesmente
O norte-americano Frank, de 76 anos, contou que ser desejado e ter aquela sensação de dar e receber, bem como a liberação emocional, nunca desaparecem. Para ele, a atração física, satisfação, comunicação e higiene pessoal ainda são importantes na casa dos 70 anos.
“Entendo que há muitas pessoas nessa idade que têm doenças debilitantes ou limitações físicas que tornam muito difícil ou mesmo indesejável fazer sexo. E eu certamente respeito isso. Mas também há muitas pessoas mais velhas, até mais velhas do que nós, que ainda querem e fazem sexo”.
A frequência diminui, mas a qualidade aumenta
Segundo a sexóloga Jess O’Reilly, a coisa mais surpreendente sobre o sexo depois dos 70 anos é que ele tem potencial para ser melhor do que nunca. “Muitos dos meus clientes na faixa dos 70 (e 80!) relatam que, embora a frequência do sexo geralmente diminua com a idade, a qualidade melhora”.
Isso pode estar relacionado com a disfunção sexual, que os leva a descobrir novos caminhos para o prazer. “Se surgirem problemas de ereção, muitas pessoas descobrem que as mãos, a língua, os lábios, os brinquedos e a pele podem levar a um prazer intenso e a orgasmos na ausência de ereções penianas”.
A disfunção erétil não precisa ser um problema
“Eu lido com a disfunção erétil há mais de 20 anos. Minha esposa nunca tinha orgasmo com penetração, mas agora tem pelo menos dois ou três orgasmos. Acho que posso chamar isso de preliminares: uso minha boca, mãos e pernas para estimulá-la. Ela, então, me estimula até eu terminar”, detalhou Norm, de 71 anos.
A criatividade se expande com a experiência
O entrevistado David Daniel afirmou que a aventura e a imaginação se expandem com a experiência. Ele gosta de se permitir e explorar novas táticas – ainda mais do que quando era mais jovem. “Quando você chega ao fim da sua vida, percebe que as regras não importam mais tanto, inclusive na cama”.
Pode ser doloroso, especialmente para mulheres
O processo de envelhecimento tem um impacto no funcionamento e na satisfação sexual. De acordo com a psicóloga Rachel Needle, à medida que se envelhece, é mais provável ter problemas médicos, e muitos medicamentos podem afetar a função sexual.
“Quando as mulheres atingem a meia-idade, elas experimentam a menopausa. Algumas das consequências incluem secura vaginal, diminuição da lubrificação e perda de elasticidade dos tecidos vaginais. Isso geralmente causa desconforto e até dor durante a relação sexual. Em alguns casos, pode haver diminuição da sensibilidade do mamilo e do clitóris”.