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Mulheres da PF pedem políticas de saúde mental e combate a assédios

Carta é resultado do primeiro encontro nacional de mulheres da PF, realizado em Brasília, no fim de julho

atualizado

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Agentes da PF sentadas a mesa para debater sobre saúde mental e assédio - Metrópoles
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Mulheres da Polícia Federal decidiram tomar uma iniciativa inédita dentro da corporação. Em 31 de julho, elas entregaram carta ao diretor-geral da corporação, delegado Andrei Rodrigues, com 12 tópicos nos quais citam demandas das policiais de todo o Brasil.

A carta é resultado do 1º Encontro Nacional de Mulheres da PF, realizado em Brasília, no final do mês passado. Elas levaram ao DG Andrei um pedido especial: a criação de um programa para saúde mental.

Elas ainda pediram o debate de um tema tabu dentro da polícia judiciária: mulheres policiais federais citaram relatos de assédios sexual e moral dentro da instituição, reconhecida popularmente como a de maior credibilidade no Brasil.

Ouça no podcast de Leandro Mazzini:

Leia a íntetegra da transcrição do podcast de Leandro Mazzini

Olá. O assunto hoje é a saúde da mulher policial.

As agentes da Polícia Federal decidiram tomar uma iniciativa inédita dentro da corporação. Entregaram, no último dia 31 de julho, uma carta ao diretor-geral, delegado Andrei Rodrigues, com 12 tópicos nos quais citam demandas das policiais de todo o Brasil.

A carta é resultado do primeiro encontro nacional de mulheres da PF, realizado em Brasília, no final do mês passado. Elas levaram ao DG Andrei, em especial, pedido de um programa para saúde mental, para todas as classes, e o debate de um tema tabu dentro da polícia judiciária: mulheres policiais federais citaram relatos de assédios sexual e moral dentro da instituição reconhecida popularmente como a de maior credibilidade no Brasil.

Segundo Karin Peiter, escrivã aposentada e uma das organizadoras do evento junto à Federação Nacional de Policiais Federais, a Fenapef, a PF não tem até hoje uma política de combate a assédios, apenas uma cartilha com recomendações publicada ano passado, com um canal de denúncia aberto.

As mulheres pedem a implantação de um atendimento psicológico e psiquiátrico contínuo. De acordo com ela, o diretor-geral foi compreensivo na recepção da carta e já alertou a todas as superintendências do país a atenderem com atenção as suas policiais a partir desta semana, em busca de um compromisso neste sentido.

Para Karin, o primeiro encontro de mulheres policiais tem balanço “extremamente positivo, com muito diálogo”, e estabeleceu rede de apoio, com uma representante de cada estado.

A expectativa da policial, agora, é que o evento se torne anual, entre no calendário da de atividades extras da PF, com adesão também das delegadas. Procurada, a assessoria da Polícia Federal e do DG ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

Eu sou Leandro Mazzini, este é o meu podcast semanal com colaboração de Gabriel Garcia, no qual traremos novidades dos Três Poderes e de assuntos variados de decisões de Brasília que afetem diretamente a sua vida, em qualquer lugar do país.

Ouça as declarações de Karin Cristina Peiter, escrivã aposentada da PF:

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