Enquanto uma faz parte do Hall da Fama do Rock, a outra é uma personagem fictícia que faz sátiras sobre o estilo de vida de parte da elite brasileira. Em comum, Tina Turner e A Vida de Tina só possuem o nome que virou uma espécie de marca.

Contudo, de acordo com a Folha Ilustrada, essa pequena semelhança parece não ter agradado Tina Turner, que apesar de ser registrada como Anna Mae Bullock, procurou Júlia Burnier e Isabela Mariotto para falar sobre o uso da marca “Tina”.

Há duas semanas, as donas do perfil de humor receberam uma notificação dos advogados da cantora norte-americana no Brasil, solicitando que a marca “Tina” não fosse registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) no ramo musical.

Em Janeiro, Júlia Burnier, a dubladora da personagem Tina nos vídeos, entrou com o pedido de registro da marca “A Vida de Tina” no mesmo instituto, porém, na área de serviços de entretenimento.

O documento enviado pelos advogados de Tina Turner afirma que a cantora é titular do registro da marca “Tina” em vários países. Para eles, “o uso da marca ‘TINA’ na composição da marca ‘A Vida de Tina’ é suscetível de induzir o público em geral a erro, dúvida e confusão, sugerindo que a nova marca foi criada como forma de homenagear a famosa cantora americana Tina Turner e sua trajetória no segmento do entretenimento. A confusão também é provável com ‘Tina: The Tina Turner Musical’, uma vez que a marca em apreço protege serviços de entretenimento e o musical é baseado na ‘vida de Tina Turner'”.

As atrizes afirmam que, apesar de admirarem o trabalho da cantora, o que elas produzem não faz referência à Tina Turner. Isabela Mariotto explica que procuraram registrar a marca para evitar que outras pessoas se apropriassem do nome “A Vida de Tina”.

“Mas a gente não está pensando em lançar uma marca de roupas. É só uma questão de segurança mesmo”, disse Mariotto em entrevista à Folha Ilustrada.