“Pode-se morrer de mágoa”, diz irmã de Ivete sobre Jesus Sangalo
Durante o desabafo, a artista escreveu: “Tudo o que sei é que ele não tinha em seu DNA a semente da desonestidade”
atualizado
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Jesus Sangalo, irmão de Ivete Sangalo, vinha há tempos tendo problemas de saúde e passando por internações hospitalares. Na semana passada (07/11/2019), ele faleceu. Pouco menos de uma semana do ocorrido, Monica Sangalo, irmã da cantora, resolveu se pronunciar sobre a morte do irmão. Em uma rede social, a artista fez um longo desabafo. Confira.
Na legenda de um vídeo publicado no Instagram, ela escreveu: “Há várias formas de morrer. Algumas suaves, outras nem tanto. Pode-se morrer de mágoa, que se disfarça em doenças de mil nomes. Por causa da tristeza, a pessoa vai perdendo a vontade, vai cultivando a esperança vã de um dia, quem sabe, aquela dor passe, mas nunca passa. Há quem não aguente, há quem jamais esqueça. Pode-se morrer aos pouquinhos, primeiro o brilho nos olhos, depois o sorriso, depois o coração, o olhar desiste, a voz se afasta, o corpo cansa, a mágoa agora, senhora de tudo, vence uma guerra de favas contadas”.
Continuou o texto dizendo: “Jesus foi acusado de ser ladrão. Que lástima. Julgado e condenado pela crueldade parcial da imprensa, crucificado moralmente sem que ninguém saísse em sua defesa, nunca uma acusação foi tão vazia. Todo o seu trabalho foi passado por auditoria. Tudo foi posto em pratos limpos. Mas essa verdade jamais interessou, verdades não vendem jornais. Talvez houvesse um Barrabás em meio a essa história torpe, lamentável e covarde. Não sei”.
A artista finalizou o desabafo falando: “Tudo o que sei é que Jesus não tinha em seu DNA a semente da desonestidade, do mau-caratismo e da covardia. Era um homem nobre, íntegro, altruísta, do bem. Quem ergue um império como o que ele ergueu, com talento, alegria, lucidez, perseverança, criatividade, alguma brabeza, errando e acertando, aprendendo e ensinando, pelo puro prazer de realizar, não precisa tirar nada de ninguém. Basta apenas receber os aplausos merecidos. E eu o aplaudirei enquanto viver”.