Pabllo Vittar é apontada como líder da próxima geração pela TIME
Em entrevista para a revista americana, a cantora brasileira criticou o governo Bolsonaro e garante que não vai se calar
atualizado
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A dominação global de Pabllo Vittar não tem acontecido apenas com música. Para além de seu talento como artista, a drag queen brasileira tem se tornado, cada vez mais, um ícone na luta pelos direitos da comunidade LGBTQ. E isso foi reforçado em uma matéria da revista americana TIME, que a classificou como uma “líder da próxima geração”.
“Nos últimos quatro anos, a drag queen e pop star brasileira de 24 anos se estabeleceu como alguém para ser notada em muitas frentes, integrando perfeitamente seu lado pessoal ao cultural e político, usando sua plataforma como uma estrela musical para exigir igualdade para comunidades LGBTQ no Brasil e no exterior”, diz o texto, assinado pelo jornalista Andrew R. Chow.
Ele descreve os feitos de Pabllo como cantora, citando seus milhões de streamings em plataformas digitais bem como suas parcerias com grandes nomes da música mundial, como Charli XCX e Diplo. Mas é em seu poder de se tornar uma bandeira do movimento que o foco se amplia.
“É tão legal ver a arte da drag queen e a arte LGBTQ se popularizando e sendo apresentadas a pessoas que nem ouviram falar do que é queer”, garante a brasileira na entrevista. Pabllo, inclusive, não perdeu a oportunidade de criticar o presidente Jair Bolsonaro, conhecido por declarações preconceituosas contra a comunidade LGBTQ.
“Às vezes, sinto muita vergonha de ser brasileira por causa desse presidente. As pessoas estão morrendo. As pessoas estão tendo suas casas e direitos retirados”, reclama. Assim, ela tem percebido ainda mais a importância de desenvolver sua arte, algo que vai ganhar um outro capítulo em um novo álbum, que terá sua primeira parte lançada em 1º de novembro.
“Como artista, você tem o dever de se posicionar sobre as coisas e trazer, junto de sua popularidade, mensagens que realmente importam. Se falar me colocará em um lugar arriscado, vamos todos morrer tentando”, frisa.