Prestes a completar 42 anos em setembro, Neill Blomkamp deve retornar, em breve, ao projeto que o revelou. A já anunciada sequência de Distrito 9 (2009), Distrito 10, está em fase de desenvolvimento — o roteiro, assinado pelo diretor, ainda não foi concluído.

Mesmo assim, ele já tem soltado ideias do que pretende realizar na continuação. Em entrevista sobre seu novo longa, o terror Demonic (estreia no fim de agosto em cinemas e plataformas de streaming, nos EUA), o cineasta sul-africano promete uma abordagem parecida com a da ficção científica que o tornou conhecido e foi indicada a quatro estatuetas no Oscar, incluindo melhor filme.

“Acho que a proposta do primeiro filme é correta. É apenas uma questão de roteiro. Se tem mais coisas acontecendo no roteiro, então você precisa de mais dinheiro”, contou, em conversa com a The Hollywood Reporter.

“Ainda assim, acho que seria tão simples e cru quanto possível. Isso torna tudo mais ágil e criativo e, pessoalmente, eu gosto das coisas assim”, continuou o diretor.

Com três longas no currículo — após Distrito 9, assinou as ficções científicas Elysium (2013) e Chappie (2015) –, Blomkamp construiu carreira acidentada em Hollywood. Vários projetos ambiciosos foram abortados pelos estúdios, como Alien: Awakening, desenvolvido durante pelo menos três anos, e RoboCop Returns.

Demonic foi filmado em segredo, com orçamento curto e bancado parcialmente pelo próprio Blomkamp.

Antes de Distrito 10, porém, o diretor deve finalmente rodar Inferno, horror com Taylor Kitsch (John Carter) cujos planos foram adiados por causa da pandemia de Covid-19.