Mulher que processava Nego do Borel morre sem audiência na Justiça
Idosa pedia indenização de R$ 95 mil por danos morais após ser envolvida em uma pegadinha aplicada pelo funkeiro
atualizado
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Hilda de Britto Champoudry morreu de câncer, aos 62 anos, sem ter o direito de participar de uma audiência na Justiça após mover um processo contra Nego do Borel. Em 2014, a guia turística processou o funkeiro por ter sido constrangida por ele em um aeroporto e virado chacota na internet.
A pegadinha aplicada por Nego aconteceu no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, sem a autorização de Hilda. Segundo informações do site Notícias da TV, a mulher aguardava parentes no aeroporto quando foi abordada pelo cantor. No processo, a advogada da vítima, Marli dos Santos Loureiro, relata que Hilda estava no local quando o funkeiro surgiu “usando um agasalho com capuz” e atirou-se sobre ela “gritando, como se fosse tombar sob ela, saindo às gargalhadas, sob o riso e gracejos de outras pessoas”. As imagens foram nas redes sociais do artista.
A mulher teria tido aceleração cardíaca, que só foi controlada após o uso de calmante. No processo, Hilda afirmava ter se sentido constrangida ao ver a repercussão do vídeo na internet. A ação corria na 7ª Vara Cível Regional de Jacarepaguá.
Embora o caso tenha acontecido em 2014, a audiência entre as partes foi marcada para novembro de 2019. Hilda morreu em outubro daquele ano.
Nego do Borel estava presente na audiência e soube, na ocasião, da morte de Hilda. Consta nos autos que o músico e a juíza Andreia Florêncio Berto foram informados “pela advogada da autora, que sua cliente faleceu e que seus herdeiros não têm interesse no prosseguimento do feito”.
Diante desse desfecho, a magistrada julgou a ação como extinta. O processo foi arquivado oficialmente na semana passada, ainda de acordo com o Notícias da TV.