Médico que foi aos EUA revela estado em que encontrou Gugu
O neurocirurgião afirmou que o apresentador sofreu um corte no rosto e estava com hematoma no olho
atualizado
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O neurocirurgião Guilherme Lepski, que foi aos Estados Unidos a pedido da família de Gugu Liberato, revelou, no programa Aqui na Band, como foram os últimos momentos do apresentador desde o acidente doméstico que sofreu na quarta-feira (20/11/2019).
De acordo com o especialista, o comunicar não estava morto quando deu entrada na unidade de saúde. “Ele não chegou ao hospital morto. Chegou com um quadro neurológico grave. Pelo relato da esposa, que prestou o primeiro socorro, ela descreve que teve um enrijecimento de um dos braços. Com isso, a gente infere que ele estava no grau de coma de Glasgow 4″, revelou o médico.
Ainda segundo Lepski, apesar de o socorro ter ocorrido muito rapidamente, o fato de Gugu ter engolido um pouco de sangue pode ter agravado o quadro. O neurocirurgião afirma que essa situação é comum em trauma de face. Portanto, quando chegou ao hospital, o grau de Glasgow já estava em 3, ou seja, o mais grave.
Questionado por Silvia Poppovic se Gugu tinha algum machucado ou corte no corpo, Lepski afirmou que o apresentador tinha um hematoma no olho direito, local da fratura craniana.
O médico afirmou que, mesmo tendo sido chamado pela família, não pôde tocar no corpo de Gugu, já que não tem licença para atuar no país. “Eu tinha que comprovar o diagnóstico encefálico. Existem critérios de diagnósticos que podem ser questionados. E fui chamado para ver isso”, relatou.
O neurocirurgião disse ter uma tese sobre o acidente. “A minha hipótese médica é que, quando cedeu o sótão, nesse processo de queda, bateu a cabeça numa pilastra. Ele ficou desacordado nesse momento. Por quê? Porque no momento seguinte foi uma colisão direta da cabeça. E deve ter caído sem as defesas naturais”, pontuou.
O pior momento, segundo Lepski, foi dar a notícia da morte à família. “Momento dramático, é o momento humano da nossa profissão. A família ainda tinha dúvida, tinha esperanças. Eles já estavam diante de uma situação dramática, a mãe do Gugu muito serena, muito lúcida, não se mostrou descompensada emocionalmente. Falei que ela seria o pilar da família”, frisou o médico.