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Fernanda Gentil dá entrevista polêmica sobre beijo gay e racismo

“Eu torço para ter um filho gay? Não. Infelizmente não torço”, falou a apresentadora do Se Joga

atualizado

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Fernanda Gentil
1 de 1 Fernanda Gentil - Foto: Reprodução/Instagram

Atualmente à frente do programa Se Joga, na Rede Globo, a apresentadora Fernanda Gentil, 32 anos, deu uma entrevista para a colunista Mônica Bérgamo, publicada no jornal Folha de S.Paulo.

Na ocasião, a carioca falou sobre como recebeu a repercussão do programa e se diz otimista, apesar das críticas negativas nas redes sociais. “Preciso me sentir animada e desafiada”, falou. “A partir dali [da saída do esporte], tudo o que eu fizer é uma tentativa de me sentir desafiada de novo. Com esse friozinho na barriga. E aí vem o filme Ela Disse, Eu Disse, a peça e o Se joga. Esses desafios entram nesse lugar de me preencher.”

Muito ativa nas redes sociais, Fernanda tem milhares seguidores. “Sou o que eu sou na vida real e na vida virtual”. afirma. Ela no entanto não se diz interessada em seguir a carreira de influenciadora digital.

Casada com a também jornalista Priscila Montandon há 4 anos, ela é mãe de Gabriel, 4, filho do casamento com Matheus Braga, e de Lucas, 11, afilhado que ela ajuda a criar desde que a mãe dele morreu. “Temos que ter a humildade de reconhecer que o novo sempre vem —e cada vez mais rápido. Eu escolho viver o mundo dos meus filhos, e não fazer com que eles entendam o meu para viverem nele”, diz.

“Não é uma cor de camisa, nem uma cena de um beijo de mulher com mulher ou homem com homem que induz alguém a alguma coisa. Não é ver algo ou vestir uma camisa rosa que (se o pavor dos pais ou das mães for ter um filho gay) faz de um filho gay”,  pontua.

“Acho, de novo, que tem que ter a naturalidade das coisas. Eu também não vou botar meu filho [vestido] de rosa só pra mostrar que eu sou ‘modernosa’ e que eu estou nessa bandeira. Não vou botar um filme gay pra ele ver e dizer: ‘Olha aqui, ó’. Ele vai vestir porque gosta. Vai amar alguém porque ama, porque tem uma essência parecida. Depois, por fora, ele vai ver qual é a dele, se é a mulher ou se é o homem”, argumenta.

“Eu torço para ter um filho gay? Não. Infelizmente não torço”, fala a apresentadora. “Não torço porque o Brasil não é um ambiente 100% seguro [para os homossexuais].”

“Vou amar [os filhos] de qualquer jeito, até se ele disser que gosta de cachorro. A minha luta é para que eu viva num país que me dê segurança de saber que eles estão seguros com qualquer escolha deles. Qualquer coisa, tá? Não só com gay.”

Equipe do Se Joga

Ela diz confirma que valoriza todas as opiniões. “Respeito quem acha um crime ter o beijo gay. Agora, não vai bater em quem beija, entendeu? [Respeito] quem infelizmente é racista. Agora, vai discriminar, bater, matar porque é de outra cor? Aí não.”

“Acho uma perda de tempo você julgar alguém pela cor da pele. Isso te consome. Você poderia voltar esse ódio, essa energia, para uma coisa tão boa. Vai ajudar alguém. Vai criar uma criança, ensinar alguma coisa a alguém, sei lá”, diz.

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