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Erika Januza sobre racismo: “Já ouvi que nunca estaria em capa de revista”

Atriz falou sobre episódios que marcaram vida particular e carreira e avaliou ausência de negros em papéis de destaque

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Erika Januza
1 de 1 Erika Januza - Foto: Reprodução/Instagram

Erika Januza concedeu uma entrevista para a colunista Fábia Oliveira e abriu o coração sobre vários aspectos de sua vida, incluindo episódios racistas que sofreu antes e depois de se tornar famosa.

“O racismo se apresenta de tantas formas em nossas vidas… De formas agressivas, como um xingamento ou comentário mais pesado, ou numa atitude. Já tive namorado, por exemplo, que dizia me amar, mas só ficava comigo dentro de casa. Eu não servia para andar na rua de mãos dadas com ele”, relatou a atriz.

Ela disse que depois que começou a trabalhar na televisão, as demonstrações racistas se tornaram mais sutis, mas não cessaram.

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Ela é tenista na trama
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Erika Januza cortou o cabelo para viver a personagem
Juliana Paes, Sabrina Sato, Erika Januza e Marina Ruy Barbosa
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Erika Januza vive Marina em Amor de Mãe

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Ela é tenista na trama

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A atriz tem brilhado duplamente em 2020

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Na minissérie Arcanjo Renegado, ela vive Sarah, a irmã de Mikhael

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Erika Januza cortou o cabelo para viver a personagem

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Juliana Paes, Sabrina Sato, Erika Januza e Marina Ruy Barbosa

João Sal e Lu Prezia

“Hoje, mais madura e consciente, nunca aceitaria algo assim. Já ouvi que nunca estaria em capa de revista porque negro não vende. Essa para mim foi bem marcante. Oi? Negro não vende? Já fui xingada no trânsito, de forma pejorativa quando viram que era uma negra no volante. Olha, posso falar casos e mais casos. O racismo é uma realidade no Brasil e ele nos fere e nos mata diariamente”, afirmou.

Ela também avaliou a ausência de negros em papeis de destaque na dramaturgia brasileira.

“É apenas uma questão de olhar e constatar, porque é real, ainda somos uma minoria!. Eu tive muita sorte nos meus trabalhos, porque pude fazer papéis que mostravam o negro em outro lugar. Fiz uma juíza (em O Outro Lado do Paraíso), que me deu muito orgulho, porque nós, negros, somos juízes, médicos, professores, doutores…”, disse.

“Fico feliz de ver essa evolução já na tela. Nada contra interpretar uma empregada doméstica, porque é um trabalho honroso como qualquer outro, mas não dá para ver o negro sempre sendo representado nesse local”, complementou.

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