Foi a curiosidade em saber como era possível unir duas músicas em uma mesma batida que levou Eduardo Smith a começar trilhar seu caminho como DJ, aos 14 anos de idade.

“Tudo começou quando ouvi em uma rádio muito famosa sobre o curso de DJ com vinil. Fiquei curioso sobre a profissão e decidi fazer. Gostei, me destaquei e já comecei a tocar. No início, me apresentava em bares, restaurantes e eventos pequenos”, relembra o artista nascido em Ceilândia (DF).

Nos mais de 20 anos de profissão, Eduardo já tocou com grandes nomes da música como DJ Alok, Coldplay e Black Eyed Peas. Smith também representou o Brasil em eventos ligados à Copa do Mundo, no Catar, ao lado de Carol Garcia. Juntos, os artistas lançaram o hit “Brazilian Soul”, um bootleg, o que que garantiu mais destaque para o produtor musical. O DJ ainda foi uma das atrações do after party da Fórmula 1, em Adu Dhabi, em novembro do ano passado.

Apesar do sucesso e da internacionalização de seu trabalho, Eduardo releva ao Metrópoles que Ceilândia possuí um papel importante em sua carreira.

“Ceilândia me ensinou muito a se virar com o que tem, né?”, disse. “Quando eu morava lá, trabalhei cuidando de criança em shopping, entregando cosméticos, entre outras coisas. Eu me virava com o que tinha. E hoje, até em Dubai, a gente se vira com o que tem. Essa maneira, de se virar com o que tem, me ensinou muito”.

Morando em Dubai há quase 4 anos, Eduardo relembra que a mudança foi uma oportunidade de alcançar novos sonhos. “Decidi mudar radicalmente e repensei sobre minhas metas para alcançar meu sonho. Foi aí que tracei novos objetivos, comecei a pesquisar sobre novos países e vi que Dubai foi um dos primeiros lugares a abrir a fronteira no fim da pandemia. Vendi um carro para me manter por cerca de 6 meses e vim em busca dessa realização”, explica.

Apesar das dificuldades em morar longe da família e de pessoas queridas, em um país totalmente diferente do Brasil, DJ Smith revela seu desejo em inspirar pessoas através de sua história. “A vontade é de, de repente, ver todo mundo que conviveu comigo, que cresceu comigo na Ceilândia, viver o que eu vivo hoje”.