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Como a ex-atriz pornô Mia Khalifa virou fenômeno na CPI da Covid?

Com a repercussão da CPI nas redes sociais, até mesmo a atriz acabou envolvida na investigação sobre as ações do governo federal na pandemia

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Foto colorida de Mia Khalifa com blusa amarela e óculos - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Mia Khalifa com blusa amarela e óculos - Metrópoles - Foto: Reprodução

Outras CPIs talvez não tiveram tanta repercussão como a atual, que investiga supostas irregularidades e omissões do governo federal durante a pandemia de Covid-19. Em dias de depoimentos, o assunto é sempre um dos mais comentados nas redes sociais, seja por falas polêmicas ou pelos memes.

Um dos episódios recentes que deu o que falar envolveu a ex-atriz pornô Mia Khalifa, e o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).

O senador pertence a “tropa de choque” da base governista de Jair Bolsonaro na CPI, e é um dos defensores do tratamento precoce no combate a Covid-19. Como forma de defender seu ponto de vista, Heinze adota uma estratégia que consiste em desacreditar estudos científicos publicados em importantes revistas da área, que comprovam a ineficácia de medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina no combate à doença.

Durante a sessão do último dia 25, o parlamentar usou como exemplo o caso de uma empresa que conduziu pesquisas publicadas nas revistas The Lancet e New England Journal of Medicine, apontando que o tratamento precoce com os medicamentos defendidos por ele era ineficaz.

Posteriormente, o jornal britânico The Guardian descobriu que a Surgisphere (citado pelo parlamentar) tinha indícios de ser de fachada. Além da falta de transparência de dados e a inconsistência nos levantamentos realizados, ainda foi descoberto que uma das executivas da empresa seria uma atriz pornô, não identificada.

Foi depois dessa fala que Carlos Heinze conseguiu confundir toda a internet, colocando Mia Khalifa, e uma fake news envolvendo seu nome, em um dos principais assuntos da CPI daquele dia.

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A ex-atriz pornô quer a sua imagem desassociada da indústria pornográfica
Agora ela segue sendo influenciadora digital
Ela se tornou uma ativista contra a indústria pornô
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Mia Khalifa se manifestou sobre a guerra em Israel

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A ex-atriz pornô quer a sua imagem desassociada da indústria pornográfica

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Agora ela segue sendo influenciadora digital

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Ela se tornou uma ativista contra a indústria pornô

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Na notícia falsa que circula pela internet, Mia usa óculos e está vestida com uma roupa branca, sendo identificada como Marcela Pereira, médica infectologista responsável por um estudo sobre o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19 que possui resultados promissores, mas que não são divulgadas por grandes emissoras de televisão “compradas pelos comunistas chineses”.

 

Apesar da fala de Carlos Heinze não ter tido nada a ver com notícia falsa envolvendo Mia Khalifa, a confusão já estava formada.

Até mesmo ela, que nasceu no Líbano mas mora nos Estados Unidos desde 2000, chegou a comentar o assunto. “Se você já se sentiu mal com você mesmo, basta lembrar que pelo menos você não é o senador brasileiro que colocou Mia Khalifa na tendência da política do país”, disse em seu Twitter. “Eu não sei quem precisa ouvir isso, mas eu não sou uma médica, então não aceite conselhos médicos de memes falsos meu que você encontrou no WhatsApp. Tchau”, complementou.

 

Mia ficou mundialmente conhecida como fenômeno da indústria pornográfica depois de fazer 11 filmes do gênero entre 2014 e 2015, chegando a ser a pessoa mais procurada no site adulto PornHub.

No entanto, apesar do sucesso, ela desistiu dos filmes adultos e passou a desencorajar quem deseja entrar nesse ramo. Após abandonar a carreira, Mia Khalifa trabalhou como assistente jurídica, contadora e foi até mesmo comentarista esportiva. Atualmente ela possuí mais de 24 milhões de seguidores no Instagram, 3,7 milhões no Twitter, e se dedica à carreira de influenciadora digital.

 

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