Enquanto decide se vai ou não se aposentar após seu décimo filme, Quentin Tarantino segue dedicado à literatura. Pouco tempo depois da novelização de Era uma Vez em Hollywood (2019), seu mais recente longa, o diretor de Pulp Fiction (1994) já tem outro trabalho pronto: o livro de teoria e crítica cinematográfica e, claro, ensaio pessoal Cinema Speculation, pela editora HarperCollins.

O livro de Tarantino deve navegar por filmes marcantes do febril cinema norte-americano dos anos 1970. Período de gestação da chamada Nova Hollywood, a década revelou Martin Scorsese (Taxi Driver), Steven Spielberg (Tubarão) e Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão), para ficar apenas nos três nomes mais populares. Aquela safra de cineastas soprou fôlego autoral em Hollywood e influenciou fortemente a geração de Tarantino.

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Cinema Speculation será lançado em outubro nos EUA

HarperCollins/Divulgação

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Era uma Vez em Hollywood: versão "expandida" do filme chegou ao Brasil em 2021, pela editora Intrínseca

Intrínseca/Divulgação

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Era uma Vez em Hollywood (2019), com Brad Pitt e Leonardo DiCaprio

Sony Pictures/Divulgação

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Lançado entre Pulp Fiction (1994) e Kill Bill (2003), Jackie Brown (1997) ainda parece um corpo estranho na filmografia de Quentin Tarantino. A única vez em que o mestre das colagens pop e da verborragia ousou narrar um romance. Envelheceu muitíssimo bem e hoje é visto como o trabalho mais sóbrio e maduro do cineasta

Miramax/Divulgação

Cinema Speculation, segundo a HarperCollins, chega ao mercado norte-americano em 25 de outubro, por US$ 35 (impresso) e US$ 16,99 (e-book).

Ainda não há anúncio de lançamento por alguma editora brasileira.

Veja a sinopse oficial de Cinema Speculation (tradução livre):

“Além de ser um dos mais celebrados cineastas contemporâneos, Quentin Tarantino é possivelmente o mais fervoroso e contagiante amante do cinema. Por anos, ele sugeriu em entrevistas que iria se dedicar a escrever livros sobre filmes. Agora, com ‘Cinema Speculation’, a hora chegou, e o resultado é tudo o que os fãs apaixonados – e todos os amantes do cinema – poderiam esperar. Organizado em torno de filmes-chave da produção norte-americana dos anos 1970, que ele viu à época como jovem cinéfilo, o livro é tão intelectualmente rigoroso e perspicaz quanto irreverente e divertido. A um só tempo crítica de cinema, teoria cinematográfica, reportagem e uma incrível história pessoal, é tudo escrito na voz singular e reconhecível de Tarantino, com a rara perspectiva sobre cinema possibilitada somente por um dos maiores praticantes desta arte de todos os tempos.”