Bruce Willis quebra silêncio pela 1ª vez após diagnóstico de demência
Ator surgiu em vídeo cercado por familiares para comemorar 68 anos de idade. Bruce Willis foi diagnosticado com demência frontotemporal
atualizado
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Bruce Willis quebrou o silêncio um mês depois de ter sido anunciado que ele havia sido diagnosticado com demência frontotemporal.
O ator de 68 anos, que parou de atuar desde março de 2022, foi visto em um vídeo (veja abaixo) postado nas redes sociais, nesse domingo (19/3), onde aparece sorridente na comemoração do aniversário dele.
A cena foi gravada pela ex-mulher de Bruce Willis, a atriz Demi Moore, de 60 anos. No vídeo é possível ver a família ao redor do artista na cozinha da casa onde moram, cantando a música tradicional de parabéns.
Além de Demi Moore, compartilham o momento a esposa Emma Heming e as filhas Rumer (que está grávida do primeiro filho), Scout e Tallulah.
Bruce canta junto, faz gestos com os braços e assopra as velinhas sobre uma torta. Ele chega a cantar algumas das partes da canção.
“Feliz aniversário, BW! Que bom que pudemos comemorar você hoje. Amo você e amo nossa família. Obrigada a todos pelo amor e desejos calorosos – todos nós os sentimos”, disse a atriz na postagem do perfil dela no Instagram. Veja:
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Carreira histórica
Walter Bruce Willis completa 68 anos de vida e ainda tem ao menos um filme engatilhado para ser lançado, o thriller policial Assassin, com Dominic Purcell.
O ator e produtor norte-americano nascido na Alemanha Ocidental ficou conhecido por dezenas de filmes e séries, entre eles quando protagonizou o seriado Moonlighting (1985–1989); pelo papel de John McClane na popular franquia Die Hard (Duro de Matar), que o definiu como “herói de ação” em diversos filmes do gênero.
Willis tem uma das maiores filmografias de Hollywood. Em 2006, ele ganhou uma estrela na Calçada da Fama. Iniciou a carreira de ator participando de peças de teatro e algumas pontas no cinema e na televisão, entre elas a série Miami Vice, nos anos 1980.
Além dos filmes de ação, Bruce atuou em comédias, entre elas, Encontro às Escuras (1987), A Morte lhe Cai Bem (1992), Moonrise Kengdom (2012) e Duas Vidas (2000). Atuou também em dramas, como A História de Nós Dois (1999) e A Cor da Noite (1994).
Afasia e demência
Ele se aposentou da atuação em março de 2022, com um distúrbio de fala chamado afasia. Em 16 de fevereiro deste ano, a família do ator anunciou que ele havia sido diagnosticado com demência frontotemporal.
“Desde que anunciamos o diagnóstico de afasia de Bruce na primavera de 2022, sua condição progrediu”, disse a família Willis em um comunicado à época. “Infelizmente, os desafios de comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce está enfrentando. Embora isso seja doloroso, é um alívio finalmente ter um diagnóstico claro”, acrescentou o comunicado.
A demência frontotemporal (DFT) está em um grupo de distúrbios causados pelo acúmulo da proteína “tau” e outras proteínas que destroem os neurônios nos lobos frontais do cérebro (área atrás da testa) ou nos lobos temporais (atrás das orelhas).
Esta condição geralmente aparece entre os 45 e 64 anos, de acordo com especialistas da Alzheimer’s Research UK. Segundo a Associação de Degeneração Frontotemporal, a DFT pode causar problemas de comunicação, bem como mudanças no comportamento, personalidade ou movimento do paciente.
Entre 10% e 30% dos casos de DFT são hereditários. Além da genética, não há outros fatores de risco conhecidos. No entanto, pesquisadores estudam qual o papel que a tireoide e a insulina podem desempenhar no início da doença.
Diagnóstico de demência
O diagnóstico de distúrbios DFT, incluem exame clínico feito por um neurologista, juntamente com testes psicológicos destinados a avaliar as habilidades cognitivas. Outros exames, como ressonância magnética do cérebro e de sangue, podem ajudar na avaliação.
Ao contrário da doença de Alzheimer, não há terapias atuais para retardar a progressão da DFT. Os médicos podem tentar melhorar a qualidade de vida do paciente prescrevendo medicamentos para reduzir a agitação, irritabilidade ou depressão.
Fisioterapia e outras terapias também são utilizadas para ajudar as funções cognitivas e motoras, que não são remédios, não curam, mas ajudam o cérebro do paciente a funcionar da melhor maneira possível.