Andréa Beltrão comenta filme com Hebe: “Parece que sou amiga dela”
A atriz lembrou da experiência de viver na pele da icônica apresentadora. Longa estreia dia 26 de setembro
atualizado
Compartilhar notícia
Ao fazer o papel da apresentadora, cantora, humorista e atriz no filme Hebe Camargo: A Estrela do Brasil, Andréa Beltrão diz que acabou descobrindo semelhanças com a apresentadora, morta em 2012. A atriz foi ao Conversa com Bial desta terça-feira (17/09/2019), ao lado do marido e diretor da produção, Maurício Farias, para comentar como foi viver a apresentadora nas telonas no filme que estreia em 26 de setembro.
Na entrevista, o diretor adiantou que o filme será transformado em série, a ser exibida em 2020 na Globo e Globoplay.
“Quando a Carolina Kotscho [roteirista] me convidou para fazer o filme, ela me mandou uma pesquisa enorme”, lembra Beltrão. “Eu comecei a ler muita coisa, ver muitos vídeos e fui conhecendo a Hebe. Hoje é engraçado porque parece que eu sou uma amiga dela, só que ela está em outra dimensão, e eu estou por aqui”, completou.
Ela ainda acrescentou que, ao usar os enormes brincos iguais aos de Hebe, Beltrão descobriu que utilizava o mesmo truque da apresentadora para aliviar a inflamação causada pelo peso. “Durante o tempo aquilo vai descendo e a orelha vai purgando.Eu comecei a tirar os brincos e colocar gelo”, explicou. Quem a informou sobre a similaridade foi Claudio Pessutti, sobrinho dela.
O diretor
O marido de Andréa, Maurício, explicou por que decidiu fazer o filme com um corte específico, durante os anos 80. “Você fazer uma biografia, contar uma vida inteira, o filme fica parecendo um pot-pourri de fatos”, exemplificou o diretor, “Não é facil você representar alguém, principalmente quando é muito conhecido”.
Por isso, Farias decidiu mostrar uma era em que o público não conhecia Hebe. Andréa também comentou que ficou receosa ao aceitar o papel por não ser semelhante à apresentadora. “Existem outras atrizes mais parecidas com a Hebe do que eu”, disse, “Fiquei meio perplexa, mas corri atrás, e eu tive o meu momento de desespero de achar que não ia dar. Mas o Maurício me ajudou bastante”.
Maurício ainda reforçou que o legado de Hebe, e sua luta para se impor, permanecem atuais. “Ela era uma pessoa que fez do trabalho uma procura incessante pelo direito de falar, de dialogar, principalmente”, notou o diretor, “Ela gostava de falar e de ouvir. Ela vivia em um mundo que era muito masculino, do rádio e da televisão, se tornou uma estrela daquele meio e foi se impondo com todas as dificuldades que ela tinha”.
“Ela sofreu muito, foi criticada, pela própria ignorância em relação aos temas que ela se propôs discutir, e ela colocava isso como vantagem. Uma ferramenta para ela tornar a entrevista mais interessante. E ela ia aprendendo junto”.
Maurício Farias