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Wassef e o Rolex: relatora da CPMI pede quebra de sigilo telefônico

Advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef admitiu ter viajado aos Estados Unidos para recuperar relógio vendido por Mauro Cid

atualizado

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Foto colorida do advogado Frederick Wassef de terno e gravata e camisa azul - metrópoles
1 de 1 Foto colorida do advogado Frederick Wassef de terno e gravata e camisa azul - metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Relatora da CPI do 8 de Janeiro, Eliziane Gama quer quebrar o sigilo telefônico e telemático do advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef. O advogado está envolvido no caso da recompra do Rolex repatriado por Bolsonaro. Recebido como presente quando Bolsonaro era presidente, o relógio havia sido vendido nos Estados Unidos pelo ajudante de ordens Mauro Cid.

O requerimento da senadora Eliziane Gama foi protocolado nesta sexta-feira (18/8), após conversa entre a relatora e o presidente da CPI, deputado Arthur Maia.

A princípio, Maia não concordou com a intenção da relatora em investigar o caso da venda das joias de Bolsonaro. Ele dizia não ver relação entre o caso e os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro.

A base governista, porém, alega haver vínculo entre a venda das joias e o financiamento de atos antidemocráticos.

O requerimento de Eliziane pede a quebra do sigilo telefônico e telemático de Wassef desde 2022, do sigilo fiscal do advogado desde 2021 e o envio dos Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) desde 2021.

A relatora também pediu a quebra dos sigilos de outro envolvido no caso das joias de Bolsonaro. Osmar Crivelatti, ex-assessor do ex-presidente, também teria intermediado as negociações e ajudado no transporte das joias.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, Frederick Wassef viajou aos EUA para recuperar um relógio Rolex vendido pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

Um recibo de compra em nome de Wassef foi encontrado pela PF. O advogado admitiu ter recuperado o relógio, mas afirma que fez a compra com o próprio dinheiro. A origem do dinheiro ainda está sendo investigada pela PF.

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metropoles.comPaulo Cappelli

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