Tentativa de suicídio de “patriota” faz deputado questionar Dino
Deputado cobra de Dino laudos médicos e gravações da Papuda após tentativa de suicídio de homem detido por envolvimento no 8 de Janeiro
atualizado
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O deputado federal de oposição Paulo Bilynskyj cobra informações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sobre a tentativa de suicídio do “patriota” Claudinei da Silva, no presídio da Papuda, comandado pelo GDF. O requerimento de informações de autoria do parlamentar será votado na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
Aprovado para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), Dino ainda está na Esplanada dos Ministérios e só deverá assumir o cargo no Judiciário em fevereiro.
Bilynskyj cobra informações sobre as circunstâncias da tentativa de suicídio de Claudinei, além de laudos médicos e gravações feitas pelas câmeras de segurança da Papuda.
No requerimento, o deputado lembrou que a tentativa de suicídio aconteceu menos de 30 dias depois da morte de outro preso pelos atos de 8 de janeiro. Clériston Pereira da Cunha sofreu um infarto fulminante no dia 20 de novembro, quando tomava banho de sol com outros detentos.
Bilynskyj afirma que, assim como Clériston, Claudinei também teve a revogação de sua prisão autorizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Claudinei sofre de comorbidades, e a revogação de sua prisão preventiva já teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, porém, pendente de apreciação pelo ministro Alexandre de Moraes. Diante da relevância dos fatos apontados, é dever desta Câmara dos Deputados fiscalizar a regularidade e as condições em que estão sendo submetidos os custodiados pelos atos de 8 de janeiro”, argumenta o deputado.
No sábado (9/12), Claudinei tentou se enforcar com uma camisa. Ele foi contido por agentes penitenciários e levado a um hospital para avaliação. O preso acabou retornando para a Papuda no mesmo dia, sem ferimentos graves.
O requerimento de Paulo Bilynskyj deverá ser votado na próxima sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara. O pedido não deverá encontrar resistência, uma vez que o colegiado é formado, em sua maioria, por parlamentares bolsonaristas.