Tarcísio pune oficial da PM condenado a 33 anos por matar e carbonizar
Tenente tem recurso negado por Tarcísio após condenação por matar e queimar os corpos de dois homens na zona sul de São Paulo
atualizado
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Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas negou o recurso apresentado pelo 2º tenente da Polícia Militar Mauro da Costa Ribas Junior, condenado a 33 anos de prisão por duplo homicídio. A decisão considerou um parecer da Procuradoria-Geral do Estado apontando a ausência de amparo legal do recurso contra a demissão do oficial, dois anos atrás.
Ribas Junior foi preso por matar o segurança Emerson Heida, de 28 anos, e o metalúrgico Edson Edney da Silva, de 27 anos, em setembro de 2010. Os corpos foram encontrados carbonizados em uma região de mata em Parelheiros, na zona sul de São Paulo. O carro onde as vítimas estavam antes do crime também foi queimado.
Testemunha de acusação, o irmão de Emerson Heida contou, em depoimento, ter visto de dentro de um ônibus quando os dois foram abordados por uma viatura da Polícia Militar na Avenida Roberto Kennedy, em Socorro, também na zona sul.
No julgamento, as testemunhas relataram que um dos policiais havia se envolvido em uma briga com Emerson cinco anos antes, durante uma partida de futebol. Dentro do carro carbonizado, um Kadett vermelho 1994 da sogra de Emerson, a perícia encontrou restos de um ofício do 50º Batalhão, onde os quatro militares atuavam.
Os suspeitos foram presos dois meses depois do crime. A perícia revelou manchas de sangue dentro da viatura usada pela guarnição no dia em que as vítimas desapareceram. Um teste de DNA mostrou que o sangue era compatível com o de Emerson Heida.
O tenente foi condenado em 2011 por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os outros três soldados foram absolvidos das acusações. Ribas Junior ainda tenta a liberdade junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele deu entrada em um pedido de habeas corpus na terça-feira (3/9) no Foro de Paraibuna (SP).