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Tarcísio pune diretores de presídio que chantagearam presos de facções

Diretores punidos por Tarcísio chantageavam detentos ligados a facções criminosas e exigiam propina para conceder regalias em presídio

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Divulgação/ Sergio Barzaghi /Governo de SP
Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas durante discurso - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas durante discurso - Metrópoles - Foto: Divulgação/ Sergio Barzaghi /Governo de SP

Três diretores do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba tiveram a perda dos cargos públicos decretada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Eles foram condenados por chantegear detentos e cobrar propina de presos e familiares em troca de regalias dentro do presídio.

Márcio Coutinho, ex-diretor-geral, Smith Luiz Queiroga, ex-diretor de Disciplina, e Valdinei Benedito de Jesus Chagas, que era responsável pelo rol de visitas do CDP, cobravam entre R$ 500 e R$ 1.500 por favores que incluíam cardápio diferenciado e visitas fora dos horários estabelecidos.

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Diretoria ameaçava botar presos em alas da facção rival
Detentos do CDP Sorocaba eram chantageados por diretores
Tarcísio de Freitas decretou a perda dos cargos de diretores do CDP de Sorocaba
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Márcio Coutinho foi diretor-geral do CDP Sorocaba

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Diretoria ameaçava botar presos em alas da facção rival

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Detentos do CDP Sorocaba eram chantageados por diretores

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Tarcísio de Freitas decretou a perda dos cargos de diretores do CDP de Sorocaba

Governo do Estado de São Paulo

Os detentos que aceitavam pagar os valores cobrados pelos diretores ganhavam o direito de comer pizza e churrasco, tinham acesso a televisores e colchões melhores, além de poderem circular pela unidade sem o uso dos uniformes.

A cobrança de propina também acontecia mediante chantagem a alguns presos ligados a facções criminosas. Em contato com familiares e detentos, os três ameaçavam alojar os presidiários em alas dominadas por facções rivais. A prática começou a ser investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), em 2013.

Na época, o diretor do presídio, Márcio Coutinho, tornou-se personagem de uma edição do programa Conexão Repórter, do SBT, que denunciou o esquema. O programa mostrou casos de assédio moral cometidos por Coutinho e comparou seus salários com os gastos e o patrimônio que o diretor ostentava nas redes sociais.

Em junho de 2020, Márcio Coutinho foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto pelos crimes de concussão [quando um servidor público exige vantagem indevida em razão do cargo] e associação criminosa. Ele, Queiroga e Chagas, que também foram condenados à prisão em regime semiaberto, foram demitidos das funções em 2022.

Coutinho se apresentou à Justiça em abril deste ano, após pedido do MPSP para execução da pena. O ex-diretor do CDP de Sorocaba foi levado para o presídio de Tremembé e pode deixar o presídio durante o dia, com uso de tornozeleira eletrônica, para trabalhar ou estudar.

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