Tarcísio demite policiais civis presos por sequestro e extorsão
Rogério dos Santos teve a perda do cargo decretada por Tarcísio de Freitas após extorquir R$ 80 mil de empresário em São José dos Campos
atualizado
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, decretou a perda do cargo público dos agentes de Polícia Civil Rogério Araújo dos Santos e Murilo Gestermeier Teixeira Pinto. Eles foram presos em 2016 por sequestro e extorsão de um empresário na cidade de São José dos Campos.
De acordo com as investigações, Rogério dos Santos e Murilo Gestermeier Pinto saíram de São Paulo, a 88 quilômetros de São José dos Campos, para sequestrar a vítima. O momento da abordagem foi filmado por uma câmera de segurança, e as imagens acabaram sendo usadas contra os envolvidos.
Depois da abordagem, os homens voltaram para São Paulo, onde a vítima passou cerca de sete horas com os agentes dentro de um carro, no pátio de uma delegacia, enquanto negociava o próprio resgate com parentes e amigos.
Os policiais pediam R$ 300 mil para libertar o empresário, sob a ameaça de denunciá-lo por tráfico de drogas. Pinto fingiu ser um usuário de drogas que acusaria o empresário de tráfico. Somente depois do sequestro foi revelado que ele também era policial.
O comerciante acabou sendo libertado depois de pagar R$ 80 mil aos agentes e prometer entregar o restante do dinheiro em parcelas. À Justiça Santos e Pinto alegaram ter exigido R$ 30 mil e recebido apenas R$ 2 mil.
Santos e Pinto acabaram sendo condenados a 18 anos de prisão pelos crimes de extorsão mediante sequestro e roubo com uso de arma.
Em 2016, Rogério dos Santos, conhecido como Rogério Escovinha, tentou se eleger vereador do município de Carapicuíba, em São Paulo. Sua candidatura foi indeferida pela Justiça Eleitoral, e ele recebeu apenas 18 votos.