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Tarcísio pausa PAD contra delegado suspeito de acobertar dono da Dolly

Decisão de Tarcísio se estende até julgamento de delegado e dois agentes citados em caso de desmatamento ilegal promovido por empresário

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Mônica Andrade/Governo do Estado de SP
foto colorida de Tarcísio de Freitas no Palácio dos Bandeirantes durante anúncio de 43 mil novas moradias no estado - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Tarcísio de Freitas no Palácio dos Bandeirantes durante anúncio de 43 mil novas moradias no estado - Metrópoles - Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas suspendeu o processo administrativo disciplinar (PAD) contra o delegado da Polícia Civil Pedro Arnaldo Buk Forli e os agentes Alexandre Akira Issatugo e Elias Barbosa Santos. Os três são acusados de receber vantagens indevidas para acobertar o desmatamento de uma área de Mata Atlântica promovido pelo dono da fábrica de refrigerantes Dolly, Laerte Codonho.

O empresário, os policiais e mais 6 pessoas respondem a uma ação penal por corrupção e crime ambiental em trâmite na 4ª Vara de Itapecerica da Serra. A suspensão do processo disciplinar, de acordo com Tarcísio, vai se estender até que seja proferida sentença na ação penal. O governador determinou o acompanhamento do caso pela Delegacia Geral de Polícia Civil para que o PAD seja instruído a partir da decisão judicial.

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Proprietário da Dolly responde na Justiça por corrupção e crime ambiental
Área de 6 hectares foi desmatada durante dois anos
Policiais tiveram PAD suspenso por Tarcísio, mas respondem na Justiça por acobertar desmatamento
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Laerte Codonho foi acusado de desmatar área protegida para instalar distribuidora de água mineral

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Proprietário da Dolly responde na Justiça por corrupção e crime ambiental

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Área de 6 hectares foi desmatada durante dois anos

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Policiais tiveram PAD suspenso por Tarcísio, mas respondem na Justiça por acobertar desmatamento

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As investigações sobre o crime ambiental no qual os policiais estariam envolvidos começaram em 2018. Naquele ano, Laerte Codonho foi preso por uma fraude fiscal de R$ 4 bilhões. Na operação, foram apreendidos notebooks, celulares e pen drives, cuja análise revelou um esquema de pagamento de propina para que o desmatamento fosse acobertado.

Codonho estava construindo uma distribuidora de água mineral em uma extensa área de floresta preservada em São Lourenço da Serra, onde havia a nascente de um rio. Imagens de satélite mostraram que cerca de 6 hectares foram gradualmente devastados entre 2014 e 2016.

O conteúdo do material apreendido mostrou que Laerte Codonho acompanhava todo o processo de pagamento de propina aos agentes públicos. Testemunhas afirmaram à polícia que ele seria o responsável pela liberação do dinheiro entregue aos policiais e um motoboy confirmou o transporte periódico dos valores.

“Ele acompanhou esse processo de desmatamento, inclusive fazendo sobrevoo no local, enviando mensagens com filmagens do local sendo desmatado, e, por fim, ainda temos indicações, provas diretas, testemunhas, de que ele, de fato, coordenou todo esse processo. Ele determinou a realização desse desmatamento, bem como o pagamento das propinas”, afirmou, em 2019, o promotor de Justiça Rodrigo Mansour da Silveira, autor da denúncia contra os envolvidos.

Na época das denúncias, o delegado Pedro Arnaldo Buk Forli negou envolvimento no esquema e alegou que não trabalhava na região quando as irregularidades ocorreram. A suspensão do PAD foi recomendada por parecer da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo. A coluna não conseguiu contato com os três policiais apontados pelo Ministério Público. O espaço segue aberto para manifestações.

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