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Tarcísio demite carcereiro e policial envolvidos com o PCC

Dupla demitida pelo governador Tarcísio de Freitas recebia propina para beneficiar traficantes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC)

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Alessandro Dantas/PT no Senado
Tarcísio de Freitas durante participação na Comissão de Serviços de Infraestrutura
1 de 1 Tarcísio de Freitas durante participação na Comissão de Serviços de Infraestrutura - Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas demitiu, nesta quarta-feira (4/10), um carcereiro e um investigador da Polícia Civil por associação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Antes, ele já havia cassado a aposentadoria de outro policial, por envolvimento com o tráfico.

O carcereiro Renato Cardoso da Cruz e o investigador Wagner da Silva Lima atuavam na Delegacia do 1º Distrito Policial de Indaiatuba e foram presos durante operação do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, e da Corregedoria da Polícia Civil, em 2016.

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Wagner da Cruz também perdeu o cargo de investigador por envolvimento com o PCC
Gaeco e Corregedoria da PC cumpriram mandados contra grupo em 2016
Glauco Verdú era chefe de investigações da delegacia de Indaiatuba
Marcola: Polícia Federal descobriu plano do PCC para tentar tirar da cadeia o líder da facção
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Carcereiro Renato Cardoso fazia parte do grupo investigado pelo Ministério Público

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Wagner da Cruz também perdeu o cargo de investigador por envolvimento com o PCC

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Gaeco e Corregedoria da PC cumpriram mandados contra grupo em 2016

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Glauco Verdú era chefe de investigações da delegacia de Indaiatuba

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Marcola: Polícia Federal descobriu plano do PCC para tentar tirar da cadeia o líder da facção

Hugo Barreto/Metrópoles

De acordo com as investigações, o grupo atuava diretamente com o tráfico de drogas e recebia propina para alterar inquéritos e beneficiar criminosos ligados ao PCC na região.

O então chefe de investigações da Delegacia de Indaiatuba, Glauco Verdú, também foi preso na operação, realizada no dia 12 de agosto de 2016. O escrivão Marcio Matoso foi encontrado com drogas, sem os autos de infração, em uma sala da delegacia e, por isso, acabou detido em flagrante.

Em um dos casos citados no processo, Verdú ficou com um televisor de 60 polegadas, entregue pelo advogado de um traficante, para que uma denúncia contra seu cliente fosse ignorada. O grupo também recebia R$ 10 mil por mês de um acusado de tráfico para que ele não fosse envolvido nas investigações.

Curiosamente, em fevereiro de 2016, a equipe de policiais chegou a receber uma homenagem da Câmara Municipal de Indaiatuba pela apreensão de 5 quilos de cocaína e pela prisão de um traficante.

Renato Cardoso foi preso em Indaiatuba, enquanto Wagner Lima foi localizado na cidade de Santos, no litoral paulista. Verdú foi preso em casa, em um condomínio de alto padrão em Campinas.

Organização criminosa

Com eles, foram apreendidos computadores, armas, documentos e mais de R$ 17 mil em dinheiro. O grupo foi acusado de crimes como corrupção passiva, peculato, organização criminosa e associação ao tráfico.

Em 2020, Renato Cardoso e Wagner Lima foram condenados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a 3 anos de prisão e pagamento de multa. Também foram condenados à perda do cargo público, o que foi oficializado pelo governador Tarcísio de Freitas nesta quarta-feira.

Já Glauco Verdú foi condenado a 2 anos de prisão e pagamento de multa. As penas de restrição de liberdade foram convertidas em prestação de serviços públicos.

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