Tarcísio demite coronel condenado por manter 10 em trabalho escravo
Coronel da PM demitido por Tarcísio mantinha 10 pessoas em trabalho análogo à escravidão uma carvoaria na cidade de Pirajuí (SP)
atualizado
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![Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas, homem branco, grisalho, de terno azul marinho e camisa azul clara, entre câmeras de TV, dando uma entrevista - Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_700/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/11/28095948/tarcisio-greve-metro.jpg)
O governador Tarcísio de Freitas demitiu, nesta quarta-feira (29/5), o coronel da Polícia Militar de São Paulo Daniel Antônio Cinto, condenado por manter 10 trabalhadores em regime de escravidão em uma carvoaria na cidade de Pirajuí (SP). A demissão acontece após o trânsito em julgado de decisão do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo na qual a conduta do coronel foi considerada indigna ou incompatível com o cargo.
Cinto foi comandante da PM em Ourinhos (SP) entre 2007 e 2010. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal em 2013 e condenado pela Justiça Federal a 5 anos e 10 meses de prisão em regime aberto em 2017. Em 2021, após serem esgotados os recursos contra a decisão no Tribunal Regional Federal da 3ª Região e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o coronel foi preso a pedido do MPF, que enviou requerimento para execução de pena à 1ª Vara Federal de Bauru (SP).
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Coronel mantinha 10 pessoas em regime de escravidão em uma carvoaria em Pirajuí (SP) Agência Brasil
![MPF São Paulo](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/05/29085048/IMG_1378-1098x732-1.jpg)
Caso foi denunciado pelo MPF em São Paulo em 2013 Reprodução
![Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas, homem branco, grisalho, de terno azul marinho e camisa azul clara, entre câmeras de TV, dando uma entrevista - Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/11/28095948/tarcisio-greve-metro.jpg)
Tarcísio de Freitas demitiu coronel condenado mem 2017 por manter trabalhadores em regime análogo à escravidão Francisco Cepeda / Governo do Estado de SP
Na carvoaria em Pirajuí, 10 trabalhadores foram resgatados em junho de 2008, em uma ação do Ministério do Trabalho e Emprego, em conjunto com o MPF. O grupo foi encontrado em condições análogas à escravidão.
Eles não recebiam salários, moravam em alojamentos e eram mantidos sem condições mínimas de higiene. Eles também relataram que faziam jornadas exaustivas de trabalho, das 6h da manhã até o fim do dia, sem descanso, de domingo a domingo. Os trabalhadores não tinham direito a horas extras ou adicionais noturnos e tinham que pagar pela alimentação e pelos equipamentos de trabalho.
Cinto já estava aposentado do cargo de coronel. Em abril deste ano, ele recebeu R$ 35,7 mil em benefícios da Previdência estadual.