Servidores da Abin soltam o verbo: “Presos não eram de carreira”
Abin Paralela: nenhum dos presos pela Polícia Federal nesta quinta-feira (11/7) era servidor de carreira da agência
atualizado
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A operação que prendeu ex-servidores da Agência Brasileira de Inteligência nesta quinta-feira (11/7) foi, nos bastidores, celebrada na instituição. Isso porque nenhum dos detidos ocupava cargo de carreira na Abin. Eles haviam assumido postos devido a indicações políticas.
As prisões, por consequência, foram vistas na agência como uma urgente necessidade de valorização dos profissionais de carreira.
Em nota oficial, a Intelis, associação que representa os servidores da Abin, manifestou-se sobre o assunto.
“A quarta fase da Operação Última Milha deflagrada hoje confirma, mais uma vez, o que a Intelis tem repetidamente destacado para a sociedade brasileira: apesar de erroneamente vincularem o nome da Abin a uma estrutura paralela ao Estado, o que os fatos revelam são pessoas externas às carreiras de Inteligência inseridas no órgão para atuar de forma não republicana.
Lamentamos profundamente a repetição cíclica de episódios que sujam a imagem do fundamental aparato de Inteligência de Estado por agentes externos, que depois saem de seus cargos e deixam os ônus de suas ações para os servidores orgânicos. Esperamos que os responsáveis paguem por seus desvios.
A Abin fará 25 anos em dezembro deste ano e, enquanto a sociedade e seus representantes não se debruçarem sobre as necessárias legislações de modernização do órgão, as crises se sucederão e atores externos seguirão destruindo a imagem e as capacidades do imprescindível serviço de Inteligência republicano do Brasil.
Esperamos que não seja desperdiçada mais uma oportunidade para modernização e valorização dos servidores de Inteligência de Estado em prol da nossa Democracia.”