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Senador Magno Malta chama Zé Dirceu de “patrão” de Toffoli

Ataques de Magno Malta se referiam às decisões do STF que anularam sentenças de José Dirceu e Marcelo Odebrecht na operação Lava Jato

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O senador Magno Malta criticou as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que anularam as condenações do petista José Dirceu e do empresário Marcelo Odebrecht decorrentes da Operação Lava Jato.

Na terça-feira (21/5), Dirceu teve sentença de 11 anos de prisão por corrupção passiva extinta pela 2ª Turma do STF por prescrição. Já Odebrecht teve todas as condenações proferidas pelo ex-juiz Sergio Moro anuladas pelo ministro Dias Toffoli, sob a alegação de irregularidades nas investigações.

 

Em um vídeo, Magno Malta relacionou as duas decisões e chamou Dirceu de “patrão” de Toffoli. Antes de ser nomeado para STF, em 2009, o ministro atuou como advogado do PT. “O Toffoli, que foi indicado pelo Zé Dirceu, que era o patrão dele, para o Supremo Tribunal Federal, foi quem o absolveu e agora absolve o Marcelo Odebrecht, que foi lá, confessou, delatou. Está tudo gravado”, disse o senador.

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STF anulou condenações contra Marcelo Odebrecht pela Lava Jato
Magno Malta quer apuração sobre conduta de agentes que participaram da operação na casa de Oswaldo Eustáquio
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José Dirceu era "patrão" de Toffoli, diz Magno Malta

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STF anulou condenações contra Marcelo Odebrecht pela Lava Jato

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Magno Malta quer apuração sobre conduta de agentes que participaram da operação na casa de Oswaldo Eustáquio

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“Você devia ter vergonha, Marcelo, na sua cara. O ministro Toffoli, então, se eu disser para o Toffoli que é vergonhoso o que ele fez, eu vou tomar um processo, porque aí eu estou atingindo a Côrte, depois de uma sandice dessas”, disse Malta.

O senador “sugeriu” a Toffoli que usasse o dinheiro e os recursos das empreiteiras investigadas pela Lava Jato na reparação dos danos causados pela enchentes no Rio Grande do Sul.

“Eu quero dar uma ideia para você, Toffoli: chama a Odebrecht e manda ela toda para o Rio Grande do Sul, com os engenheiros, com as máquinas, com tudo o que eles têm. Chama a OAS, chama a Queiroz Galvão. Todo mundo não voltou à cena? São os irmãos ricos, dos bois, os JBS, bota dentro do Rio Grande do Sul que resolve em uma semana. O dinheiro que eles devem, que eles roubaram, que eles tiraram, e que vocês aí disseram que não, que não aconteceu nada. E os acordos de leniência, Toffoli, que eles confessaram? Ficou por isso mesmo?”, criticou.

Malta também se dirigiu ao ministro Luiz Fux e pediu que ele respondesse às declarações de Dirceu, feitas durante uma entrevista, de que o ministro o teria “assediado moralmente durante mais de seis meses para recebê-lo”. No vídeo, o senador incluiu um trecho da entrevista de Dirceu.

“Ele [Fux] foi que tomou a iniciativa de dizer que iria me absolver. Ele falou textualmente”, diz Dirceu, na entrevista. Malta também mostrou Dirceu, em outra ocasião, afirmando que “só existem dois poderes eleitos, que têm soberania popular: o Executivo e o Legislativo”. “O Judiciário é um órgão”, diz o petista.

“Veja o que Zé Dirceu fala sobre o Supremo Tribunal Federal. Vai eu falar isso, ou alguém que é ligado a Bolsonaro”, disse Malta. O senador também comparou a condenação dos presos pelos atos de 8 de Janeiro às decisões referentes à Lava Jato.

“Nós não podemos conviver com esse cinismo. Tem gente tomando 17 anos de cadeia. Zé Dirceu está perdoado. Odebrecht tá perdoada. Quem vai limpar, restabelecer a honra de quem tomou 17, 15 anos de cadeia tão somente por vandalismo. E outros nem participaram do vandalismo e estão tomando cadeia. Não tem lei nesse país. Vocês destruíram tudo”, disse o senador.

Magno Malta aproveitou para criticar também o ministro Alexandre de Moraes, que defendeu a criação de uma Declaração dos Direitos Digitais pela Organização das Nações Unidas, voltada à regulamentação das chamadas big techs. “Agora você quer que a ONU emita um comunicado para o mundo de que as big techs todas, as plataformas todas têm que ser punidas. Oh, imperador do mundo”, ironizou.

Malta encerra o vídeo com um alerta ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Após defender que o Senado deveria estar “esbravejando” contra as decisões do STF, o bolsonarista avisa: “Pacheco, o povo está de olho em você”.

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