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Em reviravolta, Lula pode ter de readmitir agente demitido da Abin

Defensoria Pública da União enviou ofício ao governo após Justiça arquivar processo contra agente da Abin demitido por ministro de Lula

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Presidente Lula e Rui Costa - Metrópoles
1 de 1 Presidente Lula e Rui Costa - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O governo Lula poderá ter de readmitir o ex-servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Cristiano Ribeiro, demitido pelo ministro da Casa Civil da Presidência, Rui Costa, em fevereiro deste ano.

Isso porque, após a demissão, o agente de inteligência foi inocentado em um processo judicial sobre o suposto vazamento de dados da Abin. Em ofício enviado à Casa Civil no último dia 15/4, a Defensoria Pública da União (DPU) atualizou o governo Lula sobre o arquivamento promovido pela Justiça Federal. Esse desdobramento, ressaltou a DPU, pode gerar “repercussão nas esferas cíveis e administrativas”.

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Flávio Bolsonaro acrescentou parágrafo único: "Não será permitida a utilização do solo que impeça ou dificulte o acesso da população às praias"
Alexandre Ramage chefiou a Abin no governo Bolsonaro
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Abin foi alvo de operação da PF após vazamento

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
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Flávio Bolsonaro acrescentou parágrafo único: "Não será permitida a utilização do solo que impeça ou dificulte o acesso da população às praias"

Divulgação/Senado Federal
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Alexandre Ramage chefiou a Abin no governo Bolsonaro

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Cristiano Ribeiro foi demitido por Rui Costa após a corregedoria da Abin apontá-lo como o autor do vazamento de informações publicadas em reportagem, de 2020, sobre o suposto uso da agência para blindar o senador Flávio Bolsonaro. À época, o chefe da Abin era Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

Ocorre que a principal prova usada para demitir Cristiano Ribeiro, a foto da tela de um monitor, foi considerada inconclusiva pela perícia da Polícia Federal (PF).

Os peritos indicaram que, apenas com base na imagem, não era possível garantir que o computador usado para o vazamento era o mesmo usado por Ribeiro. Na ocasião, a PF chegou a fazer operações de busca e apreensão na sede da Abin.

Espiã atrapalhada

A investigação começou quando uma servidora da Agência Brasileira de Inteligência disparou, por engano, um e-mail para outros 18 profissionais da agência. O referido e-mail continha o PDF vazado para pessoas de fora da Abin.

A corregedoria do órgão, então, investigou todos os servidores que abriram o arquivo enviado pela espiã atrapalhada. E, por exclusão, apontou Ribeiro como o responsável pelo vazamento. Em ofício enviado à Casa Civil, o ex-servidor da Abin negou ter cometido qualquer irregularidade.

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