Revés no STF não abalou favoritismo de Arthur Lira para chefiar Câmara
Revés no STF não abalou favoritismo de Arthur Lira, que, sem adversários competitivos, mantém dianteira para continuar no comando da Câmara
atualizado
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Quando o STF declarou inconstitucional o orçamento secreto, adversários de Arthur Lira vibraram. Acreditaram que, sem poder manejar a verba, o presidente da Câmara tinha perdido seu principal ativo para tentar permanecer no comando da Casa.
Contudo, o ano virou, e Arthur Lira consolidou o favoritismo.
Deputados do MDB chegaram a incentivar Eunício Oliveira, ex-presidente do Congresso, a se lançar candidato. Mas a iniciativa não tinha sequer o apoio do comando do partido, e o próprio Eunício não topou a empreitada.
No União Brasil, foi o contrário. Presidente da sigla, Luciano Bivar chegou a sonhar com a presidência da Câmara, mas não era unanimidade entre colegas de legenda. Como o voto é secreto, corria o risco de passar vexame.
Bolsonaristas e petistas
Até o momento, nenhum nome que possa fazer frente a Lira apareceu. Pelo contrário. O deputado consolidou aliança com o PT ao articular a aprovação da PEC da Transição e manteve o apoio do PL, partido de Bolsonaro.
Os que ensaiam tentativa de viabilizar uma candidatura contra o atual presidente da Câmara o fazem de forma tímida. Temem que, ante o fracasso, fiquem de fora de cargos estratégicos, como a presidência de comissões no parlamento.
Arthur Lira sofreu um revés no STF, mas começa 2023 sem adversários ao olhar o retrovisor.