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Randolfe critica sistema de votação ao Senado e pleiteia mudança

Em entrevista, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, afirmou que fim do voto duplo ao Senado seria benéfico

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O líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP)
1 de 1 O líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP) - Foto: Metrópoles

Líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT) critica o atual sistema de votação ao Senado nas ocasiões em que há duas vagas em jogo por estado, como ocorrerá em 2026. Em entrevista à coluna, ele defendeu a proposta de alterar o critério, eliminando o atual voto duplo.

Pelo projeto do senador, o qual pretende incluir em uma possível reforma eleitoral em 2025, cada eleitor passaria a votar em apenas um candidato, diminuindo as chances de postulantes com o mesmo viés ideológico serem eleitos em “dobradinha”.

“A democracia moderna possui alguns documentos fundantes. Um deles é um livro da fundação dos Estados Unidos da América, chamado Os federalistas. Lá estava estabelecido um princípio chamado ‘um homem, um voto’. Nos EUA temos também um Parlamento bicameral, na Argentina também… Lá cada um dos cidadãos tem direito a ter um voto para o Senado, a modificação de ter dois votos é uma invenção, uma jabuticaba brasileira”, disse Randolfe em entrevista à coluna.


O projeto foi retirado pelo próprio senador após forte repercussão na oposição. Parlamentares da direita, que focam na eleição para o Senado em 2026, afirmaram que se tratava de casuísmo para impedir que dois senadores do mesmo espectro político sejam eleitos. Para o líder do governo, as críticas são infundadas.

“Se eles acham isso [que a direita está melhor preparada para disputar o Senado], eles deveriam apoiar nosso projeto, porque é uma proposta para fortalecer o voto de opinião, o voto de quem tem posição. A política é feita por posições que se assumem, seja de direita, de esquerda, de centro, de centro esquerda. Eu acho um conforto indevido ficar sem tomada de posições na política”, argumentou o líder.

O congressista afirmou que retirou o projeto para que a ideia seja discutida em 2025, no âmbito da reforma eleitoral que deve entrar em pauta no Legislativo. “Eu acho que nós temos muito que debater na reforma do Código Eleitoral. Esse é o ambiente mais adequado para esse debate ser trazido. Estamos à disposição para voltar a esse debate ano que vem. Eu acho um debate que temos que travar para aperfeiçoar a nossa democracia”, completou.

Para Randolfe, bolsonaristas focam em eleger a maior bancada do Senado para chegar ao quórum necessário para medidas como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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metropoles.comPaulo Cappelli

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