Caso Ramagem: PF discutiu pedir prisão preventiva de agentes da Abin
Ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro, Ramagem foi alvo de operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira
atualizado
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A operação que culminou com busca e apreensão em endereços do deputado federal Alexandre Ramagem, que chefiou a Abin na gestão Bolsonaro, foi precedida de um “pega pra capar” entre a Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no ano passado.
Isso porque a PF solicitou à Abin a lista de todas as pessoas monitoradas pelo software First Mile, mas recebeu apenas os números de telefone, sem os nomes correspondentes. A postura da Abin irritou os investigadores, que tiveram de se desdobrar para vincular os dígitos aos donos das respectivas linhas telefônicas.
A suposta tentativa de obstruir as investigações fez com que, na PF, fosse discutida a prisão preventiva de mais servidores da Abin, além de dois que acabaram sendo detidos. Coube ao comando da Polícia Federal, inclusive ao diretor-geral, Andrei Rodrigues, jogar água na fervura e evitar que mais funcionários da agência fossem alvo de pedido de prisão.