Rachadinha: antes de ser exposto, Janones disse que prática era crime
Em áudios, Janones aparece pedindo parte dos salários de assessores, o que configura a prática da “rachadinha”
atualizado
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Antes de ser exposto cobrando parte dos salários de assessores, em áudio revelado pela coluna, o deputado André Janones dizia ser crime a prática da “rachadinha”.
Em 2021, o deputado chegou a iniciar a coleta de assinaturas na Câmara para abertura de uma CPI para investigar a prática da rachadinha na Casa. Na ocasião, Janones criticava as suspeitas de prática de “rachadinha” nos gabinetes do senador Flávio Bolsonaro, do deputado Eduardo Bolsonaro e de Jair Bolsonaro quando exercia mandato na Câmara.
“O termo ‘rachadinha’ dá o tom de pouca coisa, faz parecer uma ‘bobagem’ até porque não é uma tipificação pena específica. Vou iniciar a colheita de assinaturas para convocar uma CPI a fim de investigar na Câmara a rachadinha, esse esquema específico ou vários crimes decorrentes dela e apresentar um projeto que tipifique e qualifique todas as suas nuances”, disse Janones em seus perfis nas redes sociais.
Antes disso, em agosto de 2021, Janones rebateu, em seu perfil no X, antigo Twitter, as acusações da família do ex-presidente. “Bandido é a puta que lhe pariu. Não é no meu gabinete que fazem rachadinha”, escreveu o deputado.
Após a divulgação do áudio no qual Janones aparece cobrando salários de seus assessores, a postagem de 2021 foi ressuscitada na web.
Nesta segunda-feira, a oposição anunciou que pretende acionar a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Conselho de Ética da Câmara para buscar a cassação de Janones.