Quem é o deputado citado em esquema envolvendo 19 colégios militares
De acordo com relatório de inteligência sigiloso obtido pela coluna, deputado recebeu propina e controla promoções em 19 colégios militares
atualizado
Compartilhar notícia
Conforme revelou a coluna, o deputado estadual Coronel Adailton é apontado como autor de um esquema de propina em parte dos colégios militares de Goiás, segundo relatório da divisão de Inteligência da Polícia Militar do estado. Filiado ao Solidariedade (SD), o parlamentar foi chefe da Casa Militar durante o governo de José Eliton.
Natural de Pirenópolis, coronel da reserva tem 58 anos e está no seu segundo mandato. Ele se formou na Faculdade de Direito de Anápolis (Fada) e é pós-graduado em Direito Constitucional e em Direito Administrativo pela Universidade Católica de Goiás, hoje PUC-GO.
Ele foi eleito pela primeira vez em 2018, com 11.616 votos. Em 2022, Adailton conseguiu renovar seu mandato, pelo PRTB, com 25,6 mil votos. Ou seja, ele dobrou sua performance eleitoral entre o primeiro e o segundo mandato. Suas bases eleitorais são Anápolis, Aparecida de Goiânia, Campo Limpo de Goiás, Brazabrantes, Terezópolis de Goiás, Cocalzinho, Nerópolis e Abadiânia.
Adailton começou sua carreira militar como soldado na Base Aérea de Anápolis. Ele entrou na PM em 1986, aos 20 anos, no curso de formação de sargentos. Em 1987, foi para o curso de formação de oficiais, como cadete. Ao longo do tempo, avançou por todos os postos da hierarquia, até alcançar o posto máximo da corporação como coronel PM. Ao todo, Adailton ficou 32 anos na corporação.
No fim da década de 90, o coronel da reserva da PM foi transferido para o gabinete Militar da Governadoria, onde ocupou cargos de gerência, inteligência, patrimônio e administrativos. Antes de ser nomeado chefe da Casa Militar, posto ocupado entre 2013 e 2017, Adailton foi presidente da Comissão Permanente de Licitações, superintendente de Segurança Militar e superintendente de Administração no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede do governo de Goiás.
Procurado pela coluna, ele preferiu não se manifestar sobre a investigação sigilosa da divisão de Inteligência da Polícia Militar. O deputado alegou não ter conhecimento das informações contidas no relatório. O espaço segue aberto.