metropoles.com

Quatro políticos levam PF a investigar esquema bilionário em Brasília

Polícia Federal (PF) e Flávio Dino (STF) citaram declarações de 4 parlamentares para bloquear e investigar suposto esquema de R$ 4,2 bilhões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
PF imagem colorida mostra Congresso Nacional - Metrópoles
1 de 1 PF imagem colorida mostra Congresso Nacional - Metrópoles - Foto: <p>Igo Estrela/Metrópoles<br /> @igoestrela</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

No despacho que instaurou o inquérito para investigar R$ 4,2 bilhões em emendas bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) citou suspeitas aventadas por quatro parlamentares para justificar a abertura da investigação. O bloqueio desse montante foi determinado pelo ministro Flávio Dino, relator da ação que visa estabelecer regras mais rígidas de transparência para as transferências feitas pelo Congresso.

No resumo dos fatos investigados, a PF escreveu: “Apurar possíveis práticas criminosas na liberação/destinação de emendas parlamentares, notadamente a partir de suspeitas aventadas pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), e pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP), José Rocha (União-BA) e Glauber Braga (PSol-RJ). Valor a apurar: R$ 4.200.000.000,00”.

5 imagens
Senador Cleitinho rebateu Kajuru: "Comprado honestamente"
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP)
Foto colorida do deputado federal Glauber Braga
José Rocha foi ao Catar ver os jogos do Brasil
1 de 5

Falas do senador Cleitinho (Republicanos-MG) e dos deputados Glauber Braga (PSol-RJ) Jose Rocha (União-BA) e Adriana Ventura (Novo-SP) levaram ao bloqueio pelo STF e investigação de emendas pela PF.

Senado e Câmara dos Deputados
2 de 5

Senador Cleitinho rebateu Kajuru: "Comprado honestamente"

Reprodução
3 de 5

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP)

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
4 de 5

Foto colorida do deputado federal Glauber Braga

Bruno Spada / Câmara dos Deputados
5 de 5

José Rocha foi ao Catar ver os jogos do Brasil

Reprodução/Câmara dos Deputados

Dino citou, na sua decisão, declarações dadas pelos deputados José Rocha e Adriana Ventura afirmando que os parlamentares das comissões temáticas não tinham participação na escolha das emendas do colegiado. O estopim foi um documento enviado por líderes partidários referentes a mais de 5 mil emendas de comissão, mesmo com as reuniões dos colegiados suspensas na última semana de votação.

Glauber Braga entrou com um mandado de segurança no STF. “A ausência de aprovação prévia e registro formal pelas comissões configura usurpação de competência e descumprimento do rito legal, comprometendo a transparência e a rastreabilidade necessárias à execução orçamentária. Tal conduta afronta, ainda, as decisões proferidas por esta Corte no âmbito da ADPF 854, que vedam a destinação de recursos sem transparência formal e identificação dos responsáveis”, argumentou o parlamentar.

Na decisão que bloqueou o pagamento dos R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão, Dino cita uma fala do senador Cleitinho em plenário, no dia 17 de dezembro: “Queria até sugerir aqui no Senado uma CPMI das emendas parlamentares. (…) O que a gente tem que fazer com essas emendas que são pagas é trazer transparência para a população. Não é deixar esses lobistas desviando dinheiro público, ganhando dinheiro fácil em cima de emenda parlamentar. Que seja investigado. Que a PF investigue tudo”.

Movimento “certeiro”

Como mostrou a coluna, lideranças do Centrão consideram que Dino fez uma nova ofensiva contra o Congresso num momento certeiro. Quando o magistrado bloqueou as emendas em agosto, o Legislativo estava em pleno funcionamento. Na ocasião, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reagiu e destravou uma Proposta de Emenda à Constituição que limita decisões de ministros do STF.

O novo bloqueio, porém, aconteceu num momento diferente. O Congresso entrou em recesso na última segunda-feira (23/12) e, tanto na Câmara quanto no Senado, há vácuo de poder. Ao mesmo tempo em que Arthur Lira e Rodrigo Pacheco estão de saída, as duas Casas só elegerão seus novos presidentes em fevereiro de 2025.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?