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Propinão do PCC: policial vinculado a repasse de R$ 800 mil é afastado

Agente da Polícia Civil preso em agosto registrava pagamentos feitos por integrantes do PCC em planilha de controle

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Polícia Civil agente PCC
1 de 1 Polícia Civil agente PCC - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo afastou das funções o agente Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como “Xixo”. Ele foi preso pela Polícia Federal (PF) em agosto após registrar o recebimento de R$ 800 mil em propina paga por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Durante o cumprimento dos mandados expedidos pela Justiça Federal contra o agente, a PF descobriu uma planilha na qual Almeida registrava os pagamentos feitos pelo PCC. O agente foi alvo da Operação Face Off, deflagrada pela PF, Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e Ministério Público de São Paulo no dia 3.

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Agente da Polícia Civil foi preso em operação da PF
Operação da PF decretou apreewnsão de bens dos agentes da Polícia Civil acusados de receber R$ 800 mil do PCC
"Bolsonaro" e "Xixo" foram presos pela PF no dia 3 de setembro
Polícia Civil afastou agente que registrou propina do PCC em planilha de controle
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Polícia Civil também afastou Valmir Pinheiro por envolvimento com o PCC

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Agente da Polícia Civil foi preso em operação da PF

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Operação da PF decretou apreewnsão de bens dos agentes da Polícia Civil acusados de receber R$ 800 mil do PCC

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"Bolsonaro" e "Xixo" foram presos pela PF no dia 3 de setembro

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Polícia Civil afastou agente que registrou propina do PCC em planilha de controle

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Outro policial civil, Valmir Pinheiro também foi detido na operação. Conhecido como “Bolsonaro” pela semelhança física do ex-presidente, ele foi afastado das funções no dia 9 de setembro. Lotados no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), os dois são acusados de cobrar suborno para interromper investigações contra o PCC, passar informações privilegiadas sobre operações policiais à facção e desviar drogas apreendidas.

Ambos também são investigados por lavar o dinheiro da propina com a compra ilegal de imóveis. Durante as investigações, a PF encontrou áudios enviados por “Xixo” em conversas com integrantes do PCC. Em uma delas, o agente diz que seria capaz “de matar para proteger seu patrimônio”.

Na operação Face Off, também foi decretado o bloqueio de até R$ 15 milhões em bens dos investigados, o sequestro de carros avaliados em R$ 2,1 milhões e de imóveis avaliados em R$ 8 milhões.

As investigações sobre o vínculo dos dois policiais com o PCC começaram a partir de um áudio encontrado no celular do traficante André Roberto da Silva, condenado por despachar 2,7 toneladas de cocaína em uma carga de milho para a Europa pelo Porto de Santos.

As mensagens obtidas pela PF mostraram a negociação entre os agentes e o traficante com relação à “Operação Alfaiate”, que visava reprimir o tráfico internacional de drogas. Em troca do repasse de R$ 800 mil, as investigações foram interrompidas e a “Operação Alfaiate” não chegou a resultar na abertura de inquérito.

Corregedoria

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu procedimento disciplinar para apurar o caso. O afastamento de “Xixo” foi determinado pelo delegado-geral de Polícia Civil, Artur José Dian.

A medida tem validade a partir do dia 16 de setembro e não teve prazo de duração estabelecido.

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