Preso, Valdemar recusou levar adiante plano de golpe de Estado
Preso em flagrante por porte de arma de fogo em operação que mirou aliados de Bolsonaro, Valdemar se posicionou contra golpe de Estado
atualizado
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Preso nesta quinta-feira (8/2) em operação que mirou aliados de Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto foi contra a tentativa de golpe de Estado defendida por integrantes do núcleo do ex-presidente em dezembro de 2022.
Como mostrou a coluna, Valdemar se recusou até mesmo a contestar judicialmente a diplomação de Lula como presidente da República, como queria Bolsonaro.
Para o dirigente, questionar o funcionamento das urnas eletrônicas, como fez o PL, foi legítimo. Já contestar a diplomação de Lula após a cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 12 de dezembro, seria um passo além.
Na ocasião, Valdemar disse ser grato a Bolsonaro por ter escolhido o partido, mas pontuou que imporia limites a empreitadas que pudessem trazer consequências mais nefastas ao PL do que a multa de R$ 22 milhões aplicada pelo ministro Alexandre de Moraes pelo questionamento das urnas.
Outra ponderação feita por Valdemar para conter a ala radical do núcleo de Bolsonaro foi que, apesar do desejo de militares de impedirem a posse de Lula, tal medida não encontraria respaldo dentro da classe política, que se voltaria contra a medida.
Em 2023, Valdemar revelou ter se arrependido de contestar a credibilidade do sistema eleitoral eletrônico.
Valdemar foi preso em flagrante, nesta quinta-feira, por posse ilegal de arma de fogo. Inicialmente, a PF faria apenas operação de busca e apreensão contra o dirigente, no âmbito das investigações sobre golpe de Estado.