Presidente da CPI vai consultar Moraes sobre documentos sigilosos
Presidente da CPI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia, vai consultar Moraes sobre compartilhamento de informações sigilosas
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da CPI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia, vai consultar o ministro Alexandre de Moraes sobre o compartilhamento de documentos sigilosos.
A cobrança foi feita nesta terça-feira (6/6) por deputados de oposição que integram a CPI. Durante o debate sobre o plano de trabalho apresentado pela relatora Eliziane Gama, a senadora disse não ser necessário o compartilhamento de documentos sigilosos.
A documentação se refere, principalmente, a dados e comunicados da Agência Brasileira de Informações (Abin) a respeito do 8 de janeiro. Esses dados constam no inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
A postura de Eliziane, que recebeu o apoio de outros parlamentares governistas, contraria o comportamento adotado durante a CPI da Covid, em 2021. Naquela oportunidade, a então oposição conseguiu derrubar o sigilo de documentos que acabaram ensejando outras investigações sobre o governo Bolsonaro.
A manutenção dos sigilos na CPI do 8 de janeiro, por outro lado, foi repudiada pela oposição. O senador Marcos do Val, por exemplo, lembrou da divulgação de imagens sigilosas que mostravam o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, dentro o Palácio do Planalto durante a invasão do prédio.
“Se não fosse a divulgação dessas imagens, a CPI nem teria sido instalada. Nós nem estaríamos aqui”, disse o senador.
“Acho prudente, antes de ser enviado um requerimento para que o Supremo abra esse sigilo, que eu, como presidente, tenha uma conversa com o presidente do inquérito no Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes. Vou solicitar ainda hoje essa audiência”, disse Maia.
Segundo o deputado, a próxima reunião da CPI do 8 de janeiro acontece na próxima terça-feira (13/6). Na pauta está a votação de todos os requerimentos e pedidos de informações apresentados à comissão até a segunda-feira (5/6), com exceção dos que tratam de documentos sigilosos.