Saiba quem é o “presidente do CV” na mira do governador do Rio
Wilton Quintanilha, o Abelha, “presidente do CV”, esta foragido desde 2021, quando deixou um presídio em Bangu pela porta da frente
atualizado
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O traficante Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, conhecido como “presidente do Comando Vermelho (CV)”, é o principal alvo do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, nas operações policiais realizadas nas favelas da capital fluminense.
Abelha tem 53 anos e responde a pelo menos oito processos por homicídio. Ele esteve preso entre 2002 e 2021, quando saiu pela porta da frente do Complexo de Gericinó, em Bangu.
O plano da PF e da polícia do RJ para capturar o “presidente” do CV
A soltura foi determinada pela Justiça, mesmo com um mandado de prisão por homicídio em aberto contra o traficante. Na ocasião, o então secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro, foi flagrado apertando a mão de Abelha momentos após o traficante deixar a prisão.
Na cadeia, o traficante integrava o “conselho” do Comando Vermelho, que orienta e coordena as ações dos integrantes da facção. Com grande poder de decisão dentro do grupo, acabou apelidado como “presidente do CV”.
Em 2020, Abelha teria determinado a invasão do Complexo do São Carlos, quando traficantes de 10 comunidades do Rio, ligados ao CV, tentaram tomar o controle do tráfico na área.
Entre as ordens de Abelha estão a escolha de lideranças regionais da facção, organização financeira, vinganças e ataques a policiais.
Execução de médicos na Barra
No início do mês, Abelha teria determinado a realização do “tribunal do crime” que executou quatro integrantes do Comando Vermelho. Eles teriam matado por engano três médicos paulistas que participavam de um congresso no Rio de Janeiro. O alvo seria o miliciano Taillon Alcantara.
O crime aconteceu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Os quatro homem desceram de um carro e começaram a atirar, Perseu Ribeiro de Almeida, 33; Marcos Andrade Corsato, 63; e Diego Ralf Bonfim, 35, irmão da deputada federal Sônia Bonfim, foram alvejados por pelo menos 20 disparos. Um quarto médico, Daniel Sonnewend Proença, 33, ficou ferido.