“Preconceito”, diz empresário negro após visto negado 3 vezes aos EUA
Empresário e tatuador, Ubiratan Amorim teve visto para os EUA negado em Recife, São Paulo e Brasília; “Preconceito”, afirma
atualizado
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Dono de um renomado estúdio de tatuagens em São Paulo, o empresário Ubiratan Amorim reclama de preconceito após ter, pela terceira vez, o visto negado para viajar a turismo para os Estados Unidos. As negativas frustraram os planos de levar a mulher e as duas filhas, de 10 e 5 anos, para a Disney, na Flórida.
De acordo com Amorim, a primeira tentativa de conseguir o visto foi há cinco meses. “Na primeira vez, tentamos em Recife. Na segunda, em São Paulo e, agora, em Brasília. A funcionária que nos atendeu nem olhava para mim. Olhava apenas para a minha esposa, que é branca”, relata o empresário.
Oficialmente, a justificativa do governo dos EUA para a rejeição do visto teria sido a “falta de vínculos” do empresário com o Brasil. O argumento, segundo Amorim, não se sustenta.
“Tenho três carros no meu nome no Brasil, um imóvel e um contrato de 10 anos para o funcionamento do meu estúdio de tatuagem. Também tenho uma construtora em São Paulo, que tem terrenos, casas no nome da empresa. Levei comprovante de propriedade de um apartamento que eu tenho, mas eles não pediram nenhum documento. Eu fico sem entender. Nas três vezes, ele só entregaram um papel dizendo que o visto tinha sido negado”, conta.
“Eu sou negro. Tenho um visual black. Eles nem olham na minha cara. Senti que há muito preconceito”, diz o tatuador e empresário, que acumula 510 mil seguidores no Instagram.