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Polícia afasta agente preso por propina de funkeiros ligados ao PCC

Agente preso pela Polícia Federal recebia propinas de até R$ 20 mil para liberar “rifas” em redes sociais usadas para lavar dinheiro do PCC

atualizado

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Agente funkeiros PCC
1 de 1 Agente funkeiros PCC - Foto: Reprodução

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur José Dian, determinou o afastamento do investigador Rodrigo Barros de Camargo, conhecido como “Rato”, acusado de receber propinas de até R$ 100 mil de funkeiros ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O policial foi preso pela Polícia Federal (PF) no dia 12 de dezembro, no âmbito da Operação Latus Actio II.

A investigação atingiu empresários, músicos e influenciadores, entre eles os MCs Paiva, Brisola e GHdo 7, da produtora Love Funk. O grupo teria pago propinas que variavam entre R$ 20 mil e R$ 100 mil a policiais civis para viabilizar a realização de rifas ilegais nas redes sociais, prática proibida pelo Ministério da Fazenda. As rifas, segundo a PF, serviam para a lavagem de dinheiro do PCC.

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PF apreendeu joias e dinheiro com acusados
Rifas realizadas por artistas serviam para lavagem de dinheir, segundo a PF
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Rifas realizadas por artistas serviam para lavagem de dinheir, segundo a PF

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O inquérito sobre o caso afirma que “Rato” recebeu dinheiro para “evitar ou interromper investigações relacionadas às rifas ilegais promovidas por artistas da Love Funk”. O policial seria um dos integrantes principais de uma “rede criminosa que demonstrou estrutura organizada, com divisão de tarefas, uso de empresas para movimentação de recursos e articulação entre empresários, artistas e agentes públicos”.

Os envolvidos são acusados pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. As atividades, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), tinham como objetivo a sonegação de impostos, e o patrimônio de artistas e empresários era ocultado com a compra de carros de luxo, fazendas, adegas e barras de ouro.

“Rato” atuava no 6º Distrito Policial de Santo André, na Grande São Paulo. Os promotores do caso afirmam que ele e outro agente da mesma delegacia foram citados em conversas de WhatsApp entre os acusados como sendo “articuladores da corrupção passiva para proteger os envolvidos nos crimes de contravenção penal e lavagem de dinheiro”.

Nas conversas encontradas pela PF nos celulares dos suspeitos, eles discutem os pagamentos à polícia. “Eles queriam 1 milhão e meio, já baixamos para 800, depois foi para 500 e agora eu falei para eles que vão mandar um café lá para eles: 50 mil”, diz o empresário Vitor Hugo dos Santos, também investigado. Um MC apontado pelo MPF fala sobre o percentual repassado aos agentes para a realização das rifas: “Polícia, eu pago 7%, porém eu fechei 150 mil”.

Um diálogo entre o MC Brisola e o empresário Victor Hugo, ocorrido em novembro de 2023, mostra a negociação para o repasse de R$ 20 mil a policiais de Santo André, inclusive “Rato”. Brisola envia ao empresário a imagem de um relatório da polícia sobre a rifa de um carro pelo perfil do funkeiro no Instagram. “O que eles querem?”, pergunta Victor Hugo. “R$ 200 mil”, responde Brisola. “Vou pagar 10%”, diz o empresário.

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