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PM que matou homem no show de Lauana Prado é afastado da corporação

Soldado da PM de São Paulo atirou na vítima após desentendimento durante show de Lauana Prado; militar foi denunciado por homicídio

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PM Moroni Siqueira
1 de 1 PM Moroni Siqueira - Foto: Reprodução

O soldado da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) Moroni Siqueira Rosa, de 37 anos, foi afastado de suas funções depois de ser preso pelo assassinato de Hamilton Olímpio Ribeiro Junior, de 29 anos, durante um show da cantor Lauana Prado em Marília (SP). Moroni estava de folga e usou uma arma da PM para atirar seis vezes na vítima após um desentendimento.

O crime aconteceu no dia 31 de agosto, e o afastamento do soldado foi determinado pela Diretoria de Pessoal da PM na quinta-feira (19/9), com validade a partir do dia 5 de setembro, quando a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva. Moroni está detido no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo, e responde a inquérito por homicídio qualificado em trâmite na 2ª Vara Criminal da Marília.

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PM Moroni Siqueira Rosa é acusado de homicídio e tentativa de homicídio
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Hamilton Júnior morreu após dar entrada em hospital

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PM Moroni Siqueira Rosa é acusado de homicídio e tentativa de homicídio

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Além de Hamilton Ribeiro Junior, que chegou a ser socorrido mas morreu no Hospital das Clínicas de Marília, outras duas pessoas foram feridas de raspão pelos tiros disparados pelo militar. Na sexta-feira (13/9), o soldado foi denunciado pelo Ministério Público (MPSP) pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio.

De acordo com testemunhas, a briga começou por uma disputa por espaço na área VIP do evento. Após uma breve discussão e troca de empurrões, Moroni sacou a arma e disparou duas vezes. Hamilton tentou fugir, foi perseguido e foi baleado novamente pelas costas.

O militar foi contido por seguranças do evento, que conseguiram desarmá-lo. Os seguranças tiveram que intervir para que Moroni não fosse linchado pelo público. Ele vou levado a um banheiro químico,onde aguardou a chegada da polícia. 

Em depoimento, testemunhas disseram que o soldado estava “aparentemente alterado, com os olhos vermelhos, e iniciou a discussão com Hamilton sem nenhum motivo aparente”. Os relatos serviram de argumento para o decreto da prisão em flagrante, sem fiança, posteriormente convertida em prisão preventiva.

“Tais circunstâncias relevam a gravidade em concreto do delito, já que aponta, ao menos neste momento, o claro intuito homicida do custodiado, o que justifica a decretação da prisão cautelar. Seria temerário conceder a liberdade provisória neste momento, diante do contexto do crime, um delito de homicidio praticado por policial militar, utilizando a arma da corporação; sem motivos aparentes; no interior de uma festa de grandes proporções; em que o flagranciado estava embriagado e; que resultou em ferimento de terceiros”, alegou o magistrado que analisou o auto de prisão em flagrante de Moroni.

Justificativa

“A prisão, na espécie, também se faz necessária para garantir a instrução processual, já que o réu, na condição de policial, pode vir a intimidar as testemunhas e influenciar na colheita das provas que devem ser feitas pela autoridade policial. As demais medidas cautelares alternativas à prisão se mostram insuficientes e inadequadas para o caso concreto”, destacou o juiz.

A defesa de Moroni alegou que a briga começou a partir de “atitudes inconvenientes” da vítima, que teria esbarrado e derrubado bebida alcoólica no militar. Segundo aos advogados do militar, Hamilton teria desferido um soco em Moroni quando ele reclamou da atitude da vítima. Quando Moroni sacou o revólver, Hamilton teria tentado tomar a arma e os disparos começaram. Em depoimento, o soldado alegou legítima defesa.

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