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PF muda protocolo na troca de informações com Israel

Após declaração do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Polícia Federal (PF) reavalia parcerias com o serviço secreto israelense

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Viaturas da PF em comboio - metrópoles
1 de 1 Viaturas da PF em comboio - metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) mudou o protocolo na troca de informações com o governo de Israel e com o serviço secreto israelense, o Mossad. A partir de agora, a corporação passará a analisar de forma criteriosa, “caso a caso”, se aceitará pedido para cooperação em investigações.

Antes, o fluxo era considerado “orgânico”, com troca de informações constante e atuação conjunta em diferentes diligências.

Em conversa com integrantes da cúpula da PF, o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, foi enfático: “Cooperação precisa confiança, antes, durante e depois. Houve uma quebra. E, agora, avaliaremos caso a caso, se iremos ou não trocar informações”.

Antes do recente mal-estar entre Brasil e Israel, estava em curso uma série de parcerias entre os dois governos. Durante a gestão de Bolsonaro, a cooperação foi amplificada e culminou com a assinatura de um acordo internacional, avalizado pelo Congresso, para troca de informações nas áreas de “segurança pública, prevenção e combate ao crime organizado”.

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Benjamin Netanyahu
Hezbollah em ação
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Delegado Andrei Rodrigues comanda a Polícia Federal

Vinicius Schimidt/Metrópoles
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Benjamin Netanyahu

Kena Betancur/Getty Images
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Hezbollah em ação

Marwan Naamani/dpa (Photo by Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images
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Apoiadores do Hezbollah

Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images

O recuo da PF ocorre após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expor que o Mossad contribuiu na operação que levou à prisão, no Brasil, de homens suspeitos de ligação com o Hezbollah. E de o embaixador israelense, Daniel Zonshine, afirmar que “tem gente” em solo brasileiro que ajuda o grupo terrorista.

Na Polícia Federal, a avaliação é que Israel quis faturar politicamente com o episódio, uma vez que a divulgação da parceria não foi acordada em nenhum momento entre as partes. E que esse tipo de conduta inviabiliza cooperações estratégicas.

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