metropoles.com

PF: plano de golpe previa deslocamento de militares do Rio a Brasília

Segundo a Polícia Federal, militares estudaram orçamento para transportar colegas do Rio de Janeiro para Brasília, de modo a consumar golpe

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
golpe PF Delator Mauro Cid
1 de 1 golpe PF Delator Mauro Cid - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) aponta que o suposto plano para assassinar o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes (STF) previa orçamento de R$ 100 mil para o deslocamento de militares do Rio de Janeiro a Brasília. A consumação do golpe, segundo o relatório enviado ao gabinete do magistrado, passaria pelo aumento do efetivo na capital.

A informação tem como base uma troca de mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, e o major Rafael Martins de Oliveira.

6 imagens
Diálogo obtido pela PF mostra diálogo sobre orçamento para deslocar militares do Rio de Janeiro a Brasília para consumar golpe.
Diálogo obtido pela PF mostra diálogo sobre orçamento para deslocar militares do Rio de Janeiro a Brasília para consumar golpe.
PF localizou um documento contendo informações sobre a delação Cid na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino
Militares foram alvo por contato com o tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira, indiciado pela PF
O coronel da reserva trabalhava com Bolsonaro
1 de 6

Mauro Cid afirmou à PF que seu advogados se confundiu com perguntas

Igo Estrela/Metrópoles
2 de 6

Diálogo obtido pela PF mostra diálogo sobre orçamento para deslocar militares do Rio de Janeiro a Brasília para consumar golpe.

Reprodução
3 de 6

Diálogo obtido pela PF mostra diálogo sobre orçamento para deslocar militares do Rio de Janeiro a Brasília para consumar golpe.

Reprodução
4 de 6

PF localizou um documento contendo informações sobre a delação Cid na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino

Igo Estrela/Metrópoles
5 de 6

Militares foram alvo por contato com o tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira, indiciado pela PF

Reprodução
6 de 6

O coronel da reserva trabalhava com Bolsonaro

“Pelo teor do diálogo, seria uma estimativa de gastos para possivelmente viabilizar as ações”, diz a investigação da PF. Rafael foi preso na quinta-feira (19/11), junto com o general Mario Fernandes, que foi ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Bolsonaro.

O relatório prossegue: “Pelo que se infere, a troca de mensagens entre Mauro Cid e Rafael Martins evidencia a existência de um planejamento, o qual necessitaria de ‘hotel’, ‘alimentação’ e ‘material’, com custos estimados em R$ 100 mil. Além disso, os interlocutores indicam que estariam arregimentando mais pessoas do Rio de Janeiro para apoiar a execução dos atos”.

“Trazer um pessoal do Rio”

O parecer reproduz trecho da conversa em que os militares falam sobre levar colegas alocados em terras cariocas à capital federal. Referindo-se ao valor, disse Mauro Cid: “Para trazer um pessoal do Rio”. Rafael de Oliveira respondeu: “Pode ser preciso também”. O ajudante de ordens finalizou: “Vai precisar”.

Foi no Rio de Janeiro que o general de brigada da reserva Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira foram presos.

Bug em aplicativo do Exército

O diálogo sobre o orçamento foi recuperado pelas autoridades graças a uma instabilidade no UNA, aplicativo de mensagens utilizado pelo Exército. Com o app indisponível por causa do bug, eles recorreram ao WhatsApp e, dessa forma, a conversa cai nas mãos de investigadores da Polícia Federal.

Em outra frente da suposta operação clandestina, a Polícia Federal identificou que militares foram à quadra onde Alexandre de Moraes morava, na Asa Sul, em Brasília. O plano, identificou a PF, previu o sequestro e o assassinato do ministro, que se tornou um dos principais adversários do governo Bolsonaro, sobretudo após o presidente ser incluído pelo magistrado no Inquérito das Fake News, em 2021.

PF indiciou Bolsonaro e mais 36 por plano de golpe

A Polícia Federal concluiu na última quinta-feira (21/11) o inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado em 2022. Além do ex-presidente, entre os indiciados por crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa estão os generais ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, bem como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

À coluna Bolsonaro reclamou do relator do inquérito no STF: “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei. Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?