PF compra R$ 182 milhões em munição para fuzis e pistolas
Licitação internacional aberta pela PF tem participação da PRF e da PMDF e prevê compra de 25 milhões de projéteis de vários calibres
atualizado
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Para suprir as demandas do efetivo operacional e de treinamento, a Polícia Federal (PF) vai comprar mais de 25,6 milhões de projéteis de vários calibres para pistolas, carabinas, fuzis, espingardas e submetralhadoras. A munição custará R$ 182,3 milhões, que serão pagos pela própria PF, responsável pela gestão da licitação, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que aderiram ao edital.
A aquisição inclui 12,6 milhões de munições calibre 9mm Luger com cobertura de metal, 4 milhões de munições 9mm Luger ponta oca, ambas para pistolas semiautomáticas e submetralhadoras, 6,2 milhões de projéteis calibre 5,56 Nato M163 para treinamento com carabinas e fuzis, 1,2 milhão de projéteis calibre 5,56 Nato MK262 para uso operacional, além de 711 mil balas calibre 5,56 Nato M855A1 também para uso operacional.
A lista prossegue com 165 mil munições calibre 7,62 Nato M80 e 40 mil munições Nato Elada M80, ambas para fuzis e carabinas, 60 mil projéteis para espingardas calibre A12 Gauge 32g e 40 mil para calibre B12 Gauge 28g Singular Foster, 355,2 mil munições .308 Win 175 grains e 83 mil munições calibre .308 Lapua Magnum 250 a 300 grains, as duas últimas destinadas a carabinas e fuzis de precisão.
A munição para treinamento possui um custo reduzido em comparação com os projéteis de uso operacional. Elas também causam menor desgaste nos armamentos, com menor emissão de gases poluentes e menor quantidade de metais pesados. Já as munições operacionais oferecem maior alcance, precisão e velocidade de impacto, melhor desempenho balístico terminal, maior capacidade de transfixação em alvos rígidos e manutenção de trajetória.
Competição internacional
A PRF é a entidade que fará o maior investimento financeiro na compra das munições, com R$ 96,3 milhões. O material destinado à PF custará R$ 68,6 milhões, enquanto a PMDF gastará R$ 17,3 milhões na licitação, que permite a participação de empresas estrangeiras.
“A realização de uma licitação internacional pode permitir que sejam obtidos preços mais competitivos, devido à participação de empresas estrangeiras que podem oferecer melhores condições comerciais. Verificou-se que a maioria das empresas desse mercado são, de fato, estrangeiras. Empresas estrangeiras podem trazer tecnologias inovadoras e avançadas que não estão disponíveis localmente. Ao optar por uma licitação internacional, é possível atrair empresas com experiência e conhecimento técnico específico para o projeto em questão”, afirma o estudo técnico da disputa.
“Nas diversas operações realizadas pela Polícia Federal, os policiais frequentemente enfrentam situações em que se deparam com criminosos que portam armamentos de alto potencial ofensivo, o que ocasiona risco real de morte aos policiais. Assim, um equipamento completo, eficiente e de qualidade significa não só o êxito da missão, mas também a proteção da vida do policial”, argumenta o documento.
A aquisição será feita na modalidade de registro de preços, com entrega conforme a demanda dos contratantes. A ata de registro de preços terá validade por um ano, podendo ser renovada caso seja comprovada a vantagem do preço.