PF fará manutenção de R$ 18 milhões em aviões após morte de agentes
PF calcula despesa de até R$ 18 milhões com a manutenção de duas aeronaves modelo ERJ 170-200 STD que pertencem à Diretoria Executiva
atualizado
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Depois da morte de dois agentes na queda de um avião no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), a Polícia Federal (PF) fará uma manutenção milionária em duas aeronaves da corporação. Os aviões, ambos do modelo ERJ 170-200 STD (EMBRAER 175), prefixos PS-DPF e PS-CAV, pertencem à Coordenação do Comando de Aviação da Diretoria Executiva da PF.
De acordo com o edital de licitação, a despesa para manutenção das duas aeronaves foi calculada em até R$ 18 milhões. A entrega de propostas pelas empresas interessadas teve início na terça-feira (2/4). Os envelopes serão abertos no dia 18 deste mês. O contrato terá validade de 5 anos, prorrogáveis por mais 10 anos.
A empresa contratada deverá ser certificada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e prestar serviços de suporte de manutenção integrado, “que contempla manutenções, apoio técnico operacional, controle técnico de manutenção, apoio de solo, reparo de componentes, fornecimento de materiais e ressarcimento de mecânicos em viagem”.
Os dois ERJ 170-200 STD foram fabricados em 2012 e adquiridos pela PF em 2021. Antes da compra, eles pertenciam à empresa Flybe Leasing, do Reino Unido. O primeiro avião a ser entregue à PF foi o PS-CAV, em dezembro de 2021. A cerimônia contou com a presença do então ministro da Justiça Anderson Torres, que é delegado da PF. O PS-DPF foi entregue em março de 2022.
As aeronaves têm 31,6 metros de comprimento e capacidade para até 88 passageiros com 4 tripulantes e autonomia de voo de 3.334 quilômetros. Elas podem ser usadas no transporte de agentes, transferência de detentos e movimentação de equipamentos e cargas. Não há registro de acidentes com esse modelo.
Morte em serviço
No dia 6 de março, os agentes federais José de Moraes Neto e Guilherme de Almeida Irber, lotados na Coordenação de Aviação Operacional (CAOP) da corporação, com sede em Brasília (DF), morreram na queda de um avião modelo Cessna 208B Grand Caravan, que passava por manutenção.
Nesta quarta-feira (3/4), a PF declarou vagos os cargos dos dois agentes, em razão do falecimento em serviço.
Desde o dia 4, a aeronave realizava voos de teste de 30 minutos, decolando e pousando no Aeroporto da Pampulha. O acidente aconteceu na área do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, um minuto após a decolagem do Cessna. Um mecânico de uma empresa terceirizada, que também estava no avião, ficou ferido.