Padre preso por pedofilia faz deputado propor cadastro de estupradores
Caso foi exposto pela direita em Minas Gerais e mostra padre sendo preso após supostos abusos contra crianças e adolescentes
atualizado
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O ex-padre Bernardino Batista dos Santos, de 77 anos, foi preso nesta quarta-feira (23/10) em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi denunciado por supostos abusos sexuais praticados contra crianças e adolescentes em Minas Gerais, quando atuava na igreja Santa Luzia.
O suposto caso que levou à prisão teria acontecid num sítio no município de Tiros, região do Alto Paranaíba, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais. A detenção movimentou a política local. O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) propôs a criação de um “cadastro de estupradores”.
“Sessenta mulheres disseram que foram estupradas por esse canalha. É urgente a criação de um cadastro de estupradores, com nome, foto e cidade em que vivem esses criminosos que, muitas vezes, demoram a ir para trás das grades. Esse cadastro permanecerá mesmo após o cumprimento da sentença, uma vez que a população precisa de informações para se proteger desse tipo de gente”, afirmou.
Bernardino Batista dos Santos era conhecido como “Santo do Paraíso”. A alcunha foi dada ao religioso por causa do período em que atuou como padre da Igreja de Santa Luzia, no bairro Paraíso, que fica na Zona Leste de Belo Horizonte.
Por causa das denúncias, ele foi afastado pela Arquidiocese de Belo Horizonte em 2021. De acordo com os relatos das supostas vítimas, os crimes teriam começado nos anos 1970 e seguiram até o início dos anos 2000, quando Bernardino ainda atuava como padre.
Segundo a Polícia Civil, as investigações acerca do crime de estupro de vulnerável partiram da denúncia de um caso ocorrido em 2016. Na ocasião, uma vítima, de 4 anos à época, disse ter sofrido abusos durante uma festa de casamento na propriedade”.
“Ele era padre em uma paróquia de Belo Horizonte, vinculada a uma escola. Então, por várias vezes, organizavam excursões e levavam essas crianças para passar um tempo no sítio do padre, com presença de professores e até mesmo de pais. Ele conseguia retirar essas crianças de perto dos responsáveis, com base na confiança, abusava delas e depois as devolvia”, descreve a denúncia.