Padilha: “Aparato institucional do governo ajudou a expor Bolsonaro”
Ministro das Relações Institucionais, Padilha afirma que postura do governo Lula permitiu a conclusão do inquérito que indiciou Bolsonaro
atualizado
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Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha afirmou que a conclusão do inquérito que levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e militares por uma suposta tentativa de golpe em 2022 só foi possível por conta do governo Lula. Ele argumenta que a gestão petista “não interferiu” no trabalho da Polícia Federal e ofereceu o “aparato institucional” para que os agentes investigassem todos os envolvidos, independentemente da patente.
“A entrega hoje do inquérito só foi possível porque a Polícia Federal teve toda a autonomia e o apoio institucional direto do presidente da República e do seu ministro da Justiça [Ricardo Lewandowski], além do aparato institucional do Governo federal para realizar o seu trabalho, mesmo quando ele traz muitas evidências de que dirigentes do alto escalão do governo anterior, inclusive o Presidente da República anterior, estavam envolvidos na preparação dos atos criminosos”, disse Padilha à coluna.
O inquérito concluído nesta quinta-feira (21/11) indiciou indiciou 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Entre eles, 25 são ou já foram militares. Cinco são generais.
“Só é possível porque não teve interferência em delegado a ser ser nomeado, no trabalho da Polícia Federal e no trabalho técnico dos delegados e seus agentes para direcionar qualquer tipo de solução ou criar obstáculos para a investigação que está sendo feita”, comentou o ministro, que cuida da articulação política do governo Lula.
Inquérito indicia Bolsonaro, Braga Netto e Valdemar
Além de Jair Bolsonaro, o inquérito indiciou o general Walter Braga Netto, chefe da Casa Civil e ministro da Defesa no governo anterior, e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Veja a lista completa:
Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva
Alexandre Rodrigues Ramagem
Almir Garnier Santos
Amauri Feres Saad
Anderson Gustavo Torres
Anderson Lima De Moura
Angelo Martins Denicoli
Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Bernardo Romao Correa Netto
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Carlos Giovani Delevati Pasini
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
Fabrício Moreira De Bastos
Filipe Garcia Martins
Fernando Cerimedo
Giancarlo Gomes Rodrigues
Guilherme Marques De Almeida
Hélio Ferreira Lima
Jair Messias Bolsonaro
José Eduardo De Oliveira E Silva
Laércio Vergilio
Marcelo Bormevet
Marcelo Costa Câmara
Mario Fernandes
Mauro Cesar Barbosa Cid
Nilton Diniz Rodrigues
Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
Rafael Martins De Oliveira
Ronald Ferreira De Araujo Junior
Sergio Ricardo Cavalieri De Medeiros
Tércio Arnaud Tomaz
Valdemar Costa Neto
Walter Souza Braga Netto
Wladimir Matos Soares