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Ofensiva da PF sobre aliado de Boulos atinge PSol em momento crucial

Ofensiva da Polícia Federal (PF) sobre aliado de Guilherme Boulos será usada por Pablo Marçal e Ricardo Nunes para atacar o psolista

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Nina Quintana/Especial Metrópoles @ninaquintana
Guilherme Boulos
1 de 1 Guilherme Boulos - Foto: Nina Quintana/Especial Metrópoles @ninaquintana

A decisão da Polícia Federal (PF) de indiciar André Janones (Avante-MG) no caso da rachadinha respingará em Guilherme Boulos (PSol). E justo quando o psolista vive seu momento mais delicado na campanha à Prefeitura de São Paulo, com os crescimentos de Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).

É que tanto o prefeito quanto o ex-coach vão lembrar que Boulos aliviou para Janones e livrou o aliado no Conselho de Ética da Câmara, quando foi relator do processo. A nova decisão da PF será usada pelos adversários como um reforço de que Boulos teria sido conivente com corrupção.

Ameaçado de não ir para o segundo turno, Boulos deverá repetir a tese de que não poderia punir Janones por um crime cometido numa legislatura anterior. Contorcionismo formal que boa parte do eleitorado não engole.

“Consideramos a representação desprovida de justa causa por cuidar dos atos que teriam ocorrido em época que o representado não detinha o mandato de deputado federal. Em suma, não há justa causa pois não havia decoro parlamentar se não havia mandato à época, o que foge do escopo, portanto, do Conselho de Ética”, argumentou Boulos no parecer.

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Análise de dados bancários de Janones foi enviada pelo STF à PGR
O deputado André Janones ao lado do ex-assessor Alisson Camargos.
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Também na mira da PF, assessor de Janones é candidato a vereador pelo PT

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Análise de dados bancários de Janones foi enviada pelo STF à PGR

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O deputado André Janones ao lado do ex-assessor Alisson Camargos.

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Ao contrário do que disse o candidato do PSol, contudo, André Janones já tinha mandato quando se reuniu com assessores e cobrou a devolução dos salários para “reconstruir patrimônio”. A gravação revelada pela coluna foi feita dentro da Câmara dos Deputados e levou o Supremo Tribunal Federal a determinar a abertura de inquérito contra o parlamentar governista.

Em votação concluída em junho, o Conselho de Ética decidiu pelo arquivamento, por 12 votos contra 5. Durante uma das sessões de discussão do caso, Pablo Marçal chegou a bater boca com Boulos sobre a cassação de Janones. O empresário foi eleito deputado federal, mas teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o pleito.

A campanha de Guilherme Boulos enviou um posicionamento à coluna. “Janones não é nosso aliado, o Avante está com Ricardo Nunes, nunca participou da nossa campanha”. O PSOL ainda afirmou que a decisão de indiciar o deputado vai ao encontro do que Boulos justificou ao apresentar o relatório, que cabe à Justiça investigar o caso.

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