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O vídeo que derrubou as redes sociais de Pablo Marçal

Um vídeo gravado inicialmente com a intenção ajudar Marçal acabou contribuindo para a Justiça Eleitoral suspender o perfil do candidato

atualizado

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Paulo Cappelli / Metrópoles
Pablo Marçal
1 de 1 Pablo Marçal - Foto: Paulo Cappelli / Metrópoles

Um vídeo gravado inicialmente com a intenção de ajudar Pablo Marçal acabou contribuindo para a Justiça Eleitoral determinar a suspensão do perfil do candidato nas redes sociais. Nele, o influenciador Daniel Sorriso, que participou de um reality promovido por Marçal, ensina como ganhar dinheiro divulgando os “cortes” [vídeos com pequena duração] postados pelo empresário.

A mensagem de Daniel Sorriso foi postada no “story”, que some depois de 24h, mas foi salva por Gabriel Goody, desafeto de Marçal. Nesta sexta-feira, um dia antes da decisão da Justiça de suspender as redes de Marçal, Godoy publicou o vídeo em que Sorriso afirma ter recebido de R$ 5 mil a R$ 8 mil para compartilhar conteúdos produzidos pelo candidato. Procurado pela coluna, Sorriso não retornou o contato.

A decisão da Justiça

O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz acolheu pedido liminar do PSB, legenda de Tabata Amaral, e ordenou a suspensão dos perfis de Pablo Marçal nas redes. A determinação do magistrado vale para perfis monetizados do candidato do PRTB no Instagram, no Youtube, no TikTok e no Twitter.

O magistrado ainda proibiu que Marçal remunere, “pessoalmente ou por interpostas pessoas”, os “cortadores” de seus conteúdos com a vinculação à campanha a prefeito de São Paulo até o fim das eleições.

“Destaco que não se está, nesta decisão, a se tolher a criação de perfis para propaganda eleitoral do candidato requerido, mas apenas suspender aqueles que buscaram a monetização dos ‘cortes’ por meio de terceiros interessados”, afirmou o juiz.

“Falta de transparência”

O magistrado afirmou que “Pablo fideliza e desafia seguidores, que o seguem numa desenfreada busca de ‘likes’ em troca de vantagens econômicas”. O juiz destaca que o candidato diz que ensina o usuário a ganhar dinheiro, mas a sua imagem e os “cortes” chegam a um sem número de pessoas, “num espantoso movimento multiplicador e sem fim”.

“Este comando propagado por meio de verdadeiro ‘campeonato’, nitidamente impulsiona a imagem e de maneira clara a própria campanha do requerido Pablo. Atente-se que alguns foram recompensados, o que mantém intacto o espírito da disputa daqueles que se deixam seduzir pelo ‘campeonato’”, escreveu.

O juiz ainda afirmou que não há “transparência” de onde provém o dinheiro pago aos vitoriosos do “campeonato”. “Monetizar cortes” equivale a disseminar continuamente uma imagem sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral, destaca o magistrado.

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