O candidato que deixará a disputa eleitoral em SP menor do que entrou
De todos os candidatos a prefeito de São Paulo, um caminha a passos largos para deixar a campanha eleitoral menor do que entrou na disputa
atualizado
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De todos os candidatos a prefeito de São Paulo, um caminha a passos largos para deixar a campanha menor do que entrou: José Luiz Datena. E não apenas do ponto de vista eleitoral, uma vez que as intenções de voto no apresentador diminuem a cada nova pesquisa.
Datena já vinha dando mostras de descontrole emocional. Xingou militantes de seu próprio partido, o PSDB, de “filhos da p*”. Deixou uma sabatina chorando após reconhecer a dificuldade de fazer com que os paulistanos votem nele. E, no domingo, o destempero culminou na agressão a Pablo Marçal.
Acostumado a ditar o rumo do programa que comanda na televisão, Datena demonstrou despreparo ao enfrentar situações que fogem ao seu controle. Campanha não é para qualquer um. Vencê-la, menos ainda.
Parte da esquerda celebra a cadeirada em Pablo Marçal. Como se a agressão fosse justificada ante a retórica do ex-coach. Quem defende a prática, contudo, deveria fazer um exercício de reflexão. E se fosse um candidato de direita agredindo um adversário sob o manto da “defesa da honra”?
Eventuais calúnias, injúrias e difamações devem ser punidas na esfera judicial. A violência praticada por Datena contra Marçal, cena de Faroeste que marcará 2024, é uma ode à não-política.
Enquanto a maioria dos candidatos aproveita os holofotes para crescer politicamente, até visando futuras eleições, Datena caminha para sair da disputa menor do que entrou.